|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
CAMPANHA NA TV
Tucanos tomam espaço do pepebista
Serra e Marta interrompem fogo cruzado; Maluf se despede com tempo de nanico
DA REDAÇÃO
Depois do fogo cruzado na hora
do almoço e nas inserções na TV,
o último programa para prefeito
foi marcado pela despedida de
Paulo Maluf (PP). Pela primeira
vez, em mais de dez anos, o malufismo deve ficar fora do 2º turno.
Com a maior parte de seu tempo tomado pelos tucanos, restou
ao ex-prefeito espremer um discurso e um clipe no espaço que
lhe restou (pouco mais 30s, menos até que os nanicos).
José Serra (PSDB) e Marta Suplicy (PT) cessaram os ataques
mais diretos. Com o tempo de direito de resposta conseguido contra Maluf, Serra teve mais tempo
na tela. Mas, para se defender, teve de mencionar, mesmo que sem
detalhes, as acusações feitas pelo
ex-prefeito -justo no dia em que
a cidade amanheceu com outdoors apócrifos com o personagem das acusações: o deficiente físico Alexandre Arêas que acusa o
tucano de calote. Serra nega.
Contra o apelo da continuidade,
o tucano fez questão de enfatizar
que manterá e "melhorará" todos
os programas e obras de Marta.
Citou o bilhete único e o Renda
Mínima. As imagens do corpo-a-corpo da campanha -com um
candidato mais à vontade do que
em 2002- também apareceram.
Marta repetiu a versão de "Carinhoso" estreada na segunda, intercalado com "fala povo". O clima era de julgamento do público
em final de reality show: após clipe com imagens do concorrente,
pedidos e depoimentos para "permanecer na casa". "Gostei de ser
prefeita", disse ela. "Ela merece ficar", diziam os cartazes, eco do
"ela merece" dos auditórios.
O último round para valer foi à
tarde, quando Marta repetiu o balanço de ataques a Serra e o discurso do senador Aloizio Mercadante contra o governo FHC. Serra também bateu: mostrou outros
números de repasses do governo
tucano a São Paulo e fez defesa do
governo Alckmin, em comparação com a prefeitura, até em atribuições estaduais, como o metrô.
Marta perdeu pouco mais de
um minuto por ter "invadido" o
programa de vereadores. Serra
pagou pelo mesmo à tarde.
Sai do ar a propaganda de prefeito, mas permanece a publicidade dos "padrinhos", governos estadual e federal, a todo tempo
mencionados -uma das marcas
da comunicação de campanha no
1º turno. Hoje, o horário de vereador deve enviar o último recado
aos eleitores.
(FLÁVIA MARREIRO)
Texto Anterior: Alencar contraria PL e apóia o petista Vicentinho Próximo Texto: Cenário: Petistas esperam vitória "tranqüila" no domingo em apenas 4 grandes cidades Índice
|