São Paulo, quinta-feira, 30 de setembro de 2004

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CAMPANHA NA TV

Tucanos tomam espaço do pepebista

Serra e Marta interrompem fogo cruzado; Maluf se despede com tempo de nanico

DA REDAÇÃO

Depois do fogo cruzado na hora do almoço e nas inserções na TV, o último programa para prefeito foi marcado pela despedida de Paulo Maluf (PP). Pela primeira vez, em mais de dez anos, o malufismo deve ficar fora do 2º turno.
Com a maior parte de seu tempo tomado pelos tucanos, restou ao ex-prefeito espremer um discurso e um clipe no espaço que lhe restou (pouco mais 30s, menos até que os nanicos).
José Serra (PSDB) e Marta Suplicy (PT) cessaram os ataques mais diretos. Com o tempo de direito de resposta conseguido contra Maluf, Serra teve mais tempo na tela. Mas, para se defender, teve de mencionar, mesmo que sem detalhes, as acusações feitas pelo ex-prefeito -justo no dia em que a cidade amanheceu com outdoors apócrifos com o personagem das acusações: o deficiente físico Alexandre Arêas que acusa o tucano de calote. Serra nega.
Contra o apelo da continuidade, o tucano fez questão de enfatizar que manterá e "melhorará" todos os programas e obras de Marta. Citou o bilhete único e o Renda Mínima. As imagens do corpo-a-corpo da campanha -com um candidato mais à vontade do que em 2002- também apareceram.
Marta repetiu a versão de "Carinhoso" estreada na segunda, intercalado com "fala povo". O clima era de julgamento do público em final de reality show: após clipe com imagens do concorrente, pedidos e depoimentos para "permanecer na casa". "Gostei de ser prefeita", disse ela. "Ela merece ficar", diziam os cartazes, eco do "ela merece" dos auditórios.
O último round para valer foi à tarde, quando Marta repetiu o balanço de ataques a Serra e o discurso do senador Aloizio Mercadante contra o governo FHC. Serra também bateu: mostrou outros números de repasses do governo tucano a São Paulo e fez defesa do governo Alckmin, em comparação com a prefeitura, até em atribuições estaduais, como o metrô.
Marta perdeu pouco mais de um minuto por ter "invadido" o programa de vereadores. Serra pagou pelo mesmo à tarde.
Sai do ar a propaganda de prefeito, mas permanece a publicidade dos "padrinhos", governos estadual e federal, a todo tempo mencionados -uma das marcas da comunicação de campanha no 1º turno. Hoje, o horário de vereador deve enviar o último recado aos eleitores. (FLÁVIA MARREIRO)


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