|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Toda Mídia
Nelson de Sá
Até 2010
À noite, na manchete da Folha Online, "Com mais
de 58 milhões de votos, Lula se reelege até 2010".
A sombra do terceiro turno esteve por todo lado.
A Globo anunciou a vitória no meio do "Domingão do
Faustão", quando entrou o narrador Márcio Gomes:
- Faustão, neste momento, na apuração dos votos,
o presidente Lula está matematicamente reeleito.
Perfilou rapidamente o "ex-líder sindical, torneiro
mecânico, marido de dona Marisa, pai de cinco filhos"
-e chamou Alexandre Garcia, que fugiu de comentar.
Voltou então Fausto Silva, que comentou, ele sim:
- Agora, mais importante do que nunca é que não
importa em quem você votou. É claro que, se votou no
Lula, comemore. Caso tenha votado no Alckmin, o
importante é que você tenha juízo e serenidade para
respeitar o resultado. Que a oposição respeite. Uma
democracia, e quem lutou pela democracia sabe, só se
faz, só se fortalece respeitando o resultado das urnas.
Lula foi reeleito com expressiva maioria, portanto,
tem todo o mérito para continuar seu trabalho. E a
oposição que tenha bastante juízo e serenidade.
Insistiu, depois, "quem apostou no perdedor que
respeite a decisão das urnas, faça oposição e tente
virar o jogo na próxima, a lei da democracia é essa".
Alckmin, em seu discurso, depois, ecoou "Faustão".
AGARRADO, BEIJADO
"Jornal Nacional"/Reprodução
|
Zileide Silva e Lula, nas cenas finais da campanha global
|
Zileide Silva, no "JN" de sábado, sobre a semana final
de campanha -com a "volta às origens" no ABC, onde
"comemorou aniversário", e antes, com pobres pelo país:
- Adeus protocolo. Ele é agarrado, abraçado, beijado...
O comício foi na periferia, um bairro pobre com muitos
nordestinos, como o pernambucano Luiz Inácio Lula...
E por aí foi, na nova interface da Globo com o poder.
"WALL ST. LOVES LULA, TOO"
No texto "Wall Street ama Lula, também", o "Financial Times" postou ontem, antes mesmo do resultado, que "os
banqueiros de Wall Street", como no relatório do J.P.
Morgan na sexta, estavam "pouco preocupados quanto à
manutenção dos pilares de política macroeconômica em
um segundo governo Lula". No entanto, "as expectativas
quanto a uma agenda de reformas são muito pequenas".
FÁCIL, FÁCIL
Em minutos, a vitória era
manchete de "Le Monde",
"El País" e "La Nación". "FT", "Washington Post"
e "New York Times"diziam que foi
"facilmente", "vitória fácil",
até "esmagadora" (landslide).
Antes, já davam a reeleição
por certa e arriscavam por
quê. Para Larry Rohter, do "NYT",
o presidente colou no
opositor a marca de quem só
fala de corrupção. Monte
Reel, do "WP", destacou o
Bolsa Família, que vem de ser
"exportado aos EUA, como
anunciou o prefeito de NY".
NOVO VELHO PT
Marco Aurélio Garcia
anunciou "reforma muito profunda" e Marta Suplicy, "balanço de muitas coisas"
no PT. Patrus Ananias anunciou
"grande debate interno". Luiz
Dulci, "mudanças amplas".
Tarso Genro ( "acabou a era Palocci" ) e Dilma Rousseff
("obsessão" de crescer 5%)
atacaram no lado econômico.
Tudo ontem, na Folha Online,
Reuters Brasil e outros sites.
Mas os ex-ministros José
Dirceu, na Band, e Antônio
Palocci, no site de "O Estado",
já reagiam, ontem mesmo.
Leia as colunas anteriores
@ - Nelson de Sá
Texto Anterior: FHC pode ser presidente do PSDB em 2007 Próximo Texto: Eleições 2006 - Presidência: Por controle do PSDB, Serra e Aécio ensaiam aliança Índice
|