São Paulo, quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

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O BALANÇO DA DÉCADA

Terrorismo, terremotos e tuítes

Década mudou conceitos sobre segurança e liberdade, desafiou capitalismo e mudou maneira como nos comunicamos

Nunca foi tão simples representar uma década numa imagem: a rápida aproximação de aviões num canto da tela, o choque contra torres gigantes, a bola de fogo formada. O 11 de Setembro de 2001 foi o parâmetro para duas guerras, definições criativas do que é tortura e novos conceitos sobre democracia, segurança e liberdade.
Paradoxalmente, e numa prova de que foi uma década vivida em ritmo frenético, já se colocam dúvidas sobre algo que até há pouco tempo seria uma pergunta ridícula: foi este o evento crucial do período?
A concorrência mais forte é a quebra do banco Lehman Brothers, em 2008, marco do terremoto simbólico que atingiu o capitalismo (tão ou mais devastador que os grandes tremores reais da década, no Sudeste Asiático e no Haiti).
Ou foi a nova cara pop do ambientalismo, não mais confinada a grandes conferências, o que será lembrado em décadas futuras?
Talvez o maior legado, na verdade, esteja no dinamismo das novas formas de comunicação, em que mensagens têm 140 caracteres e são lidas em tablets de 9,7 polegadas.
Como se vê, a década termina deixando perguntas. Se há uma certeza, é a de que ela não se esgota à meia-noite de amanhã.


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