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Juca Kfouri

Vamos sofrer, Timão!

Como nos quatro títulos brasileiros anteriores, o quinto dependerá de muito sofrimento

CORINTIANOS DO MUNDO, sofrei-vos!

Sofram como nas finais de 1990, o ano do primeiro título brasileiro.

Com um time médio como o de hoje, a fase de classificação deixou o Corinthians em sétimo lugar, o que o obrigaria sempre a jogar o segundo jogo das quartas, semi e finais na casa do rival.

E assim foi. Primeiro, virada sobre o Galo, o

rival de hoje, por 2 a 1, no Pacaembu. E 0 a 0

no Mineirão.

Depois, virada sobre o Bahia, 2 a 1 no Pacaembu e 0 a 0 na Fonte Nova. Finalmente, dois 1 a 0 no São Paulo, no Morumbi. Neto decidiu, Ronaldo segurou, Wilson Mano e Tupãzinho colaboraram, além de um gol contra de Paulo Rodrigues, do Bahia.

Já o bi e o tri conquistados em 1998/99 encontraram o Corinthians com dois dos melhores times de sua história centenária.

O bi veio com o time em primeiro lugar na fase de classificação, mas com muito sofrimento na fase final, disputada em sistema de melhor de três.

Nas quartas de final, vitória por 1 a 0 sobre o Grêmio, no Olímpico, derrota de 2 a 0, no Pacaembu, e nova vitória, por 1 a 0, na terceira partida. Veio o Santos, na Vila Belmiro, que se impôs por 2 a 1, para ser derrotado por 2 a 0 no Pacaembu, palco também do 1 a 1 que levou o Timão à final contra o Cruzeiro.

Aí, 2 a 2 no Mineirão, depois de estar perdendo por 2 a 0; 1 a 1 no Morumbi e, então sim, um 2 a 0 mais tranquilo no mesmo Morumbi, para ganhar um título que teve a cara de Dinei, apesar das presenças de Gamarra, Vampeta, Edílson, Marcelinho, Ricardinho e Rincón.

O tri veio com nova liderança na fase de classificação, o que dava o direito de jogar pelos empates e com as duas últimas partidas em casa.

0 a 0 com o Guarani, no Brinco de Ouro, e 2 a 0 e 0 a 0 no Morumbi levaram às semifinais contra o São Paulo. Que foi despachado em dois jogos no Morumbi, 3 a 2 e 2 a 1, mas com Dida pegando dois pênaltis cobrados por Raí no primeiro jogo, o segundo no penúltimo minuto. Nas finais, 2 a 3 para o Galo, no Mineirão, 2 a 0 e 0 a 0, com o coração na mão, no Morumbi para ser campeão.

E o tetra em 2005, já nos pontos corridos, dispensa comentários, obtido por um time que, se tinha Carlitos Tevez e Nilmar, perdeu o último jogo em Goiás e tinha a infame MSI por trás, num ano carimbado por escândalos de arbitragem.

Está tudo limpo em 2011.

Só o sofrer é igual.

blogdojuca@uol.com.br

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