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Altitude de 2.700 m serve como celeiro para fundistas do país

DE SÃO PAULO

Três dos cinco quenianos que pleiteiam uma vaga na Olimpíada de Londres vieram do maior celeiro de fundistas do mundo, o Rift Valley, na porção oeste do Quênia.

Emmanuel Mutai, Geoffrey Mutai e Abel Kirui surgiram na altitude do local, que em alguns pontos chega a 2.700 m acima do nível do mar.

Grandes fabricantes de calçados e agentes europeus enviam olheiros para Eldoret, a capital da província, para descobrir novos talentos e levá-los para treinar em condições melhores na Europa.

A lista poderia ser muito maior se Samuel Wanjiru, campeão olímpico em Pequim-2008, estivesse vivo.

Ele morreu em maio de 2011 sob circunstâncias não esclarecidas após cair da sacada de prédio na cidade em que nasceu e cresceu, Nyahururu, também no Rift Valley.

Curiosamente, o atual detentor do recorde mundial não vem do Rift Valley.

Patrick Makau é de um lugarejo chamado Manyanzwani, no leste do país. Não participou de campings de treinamentos da indústria de material esportivo. Makau treinou só por muito tempo.

Já Wilson Kipsang é do Distrito de Keiyo, a 310 quilômetros do Rift Valley.

"O atletismo está para o Quênia como o futebol está para o Brasil. Não para de surgir novos talentos", explicou Cláudio Castilho, técnico da equipe de maratona do Pinheiros, em São Paulo.

Os quenianos são tão disciplinados no treinamento quanto no discurso. Com exceção de Wanjiru, que chegou até a ser detido antes de morrer portando um fuzil AK47, os maratonistas não se metem em polêmica.

Nem para falar da rivalidade entre eles pela vaga olímpica. "Não sei qual será o critério para formar o time que vai para Londres, mas o que ficar decidido, eu aceito", afirmou Geoffrey Mutai. (DB)

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