Folha de S.Paulo

Painel FC

Vão-se os anéis

A diretoria do Santos está decidida de que, em 2013, vai vender mais jogadores do que nos últimos dois anos. É praticamente consenso do Comitê de Gestão, órgão que dá as cartas no futebol, que o goleiro Rafael e o meia Felipe Anderson serão negociados caso surjam propostas razoáveis. Até mesmo Arouca, que frequenta convocações da seleção, está nessa: se aparecer uma oferta boa, o volante também será vendido.

Fora... Neymar não está entre os jogadores que o Santos deseja negociar. Embora a janela de transferências do meio do ano seja a última oportunidade para vender o atacante, o clube ainda insiste em renovar contrato.

...da lista. Mesmo se não conseguir renovar com Neymar, a promessa da diretoria é mantê-lo até o fim do atual acordo, julho de 2014.

Limite. A segunda divisão da Itália será a primeira grande liga europeia a implementar um teto salarial para jogadores. De acordo com a determinação imposta, os vencimentos dos atletas não poderão ultrapassar os € 150 mil (R$ 387 mil) anuais.

Guarda... Criticada por conselheiros e torcedores pela má fase do time na Libertadores, a diretoria do São Paulo ficará mais suscetível a ataques agora.

...baixa. Morreu nesta semana um dos responsáveis por manter uma boa relação da Independente, principal organizada do São Paulo, com a diretoria do clube. Conhecido como "Nego Kleber", o torcedor foi assassinado. A expectativa de cartolas é que, a partir de agora, a Independente passe a fazer mais ataques à diretoria.

Pelo... A Itaipava está pagando R$ 100 milhões para dar nome à Fonte Nova, porém, no primeiro evento em que poderia ter sua marca citada publicamente, viu o investimento ser praticamente ignorado.

...ralo. Ontem, na solenidade com a presidente Dilma Rousseff, o nome da cervejaria só foi citado pelo diretor do consórcio que ergueu o estádio. Nenhuma outra autoridade falou Itaipava ao se referir à Fonte Nova.

Cutucada. O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), fez questão de comparar a inauguração da Fonte Nova com a do Mineirão e a do Castelão e, claro, valorizar a obra de Salvador. "Quero lembrar a vocês que este é o primeiro estádio que ficou pronto saindo do chão. Os outros dois, com todo o respeito, foram reforma", declarou o petista ontem.

O problema é outro. A liberação dos R$ 156 milhões em CIDs não causou alívio total aos responsáveis pela obra do Itaquerão. O foco do Corinthians e da Odebrecht está na liberação do financiamento do BNDES. E não há muita crença de que ele será aprovado em breve.

Colaborou NELSON BARROS NETO, de Salvador