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Juca Kfouri

Cresce o sócio torcedor

A ideia entrou em prática há apenas três meses e já revela que o caminho é promissor

JANEIRO, 14.

Dia em que a Ambev lançou sua campanha do sócio-torcedor. Sem nenhuma participação oficial, do governo ou da CBF.

Então, eram 158 mil os sócios dos clubes que aderiram à iniciativa, com 11 dos 13 clubes de maior torcida do país, sem a dupla Gre-Nal, que acaba de entrar.

Hoje, ainda sem contar com eles, o número já é de 232 mil, um crescimento de 47%, quantia que será acrescida de cerca de 130 mil sócios com as adesões dos gaúchos --80 mil pelo Inter, o primeiro colocado no quesito.

Só o Flamengo, que aderiu duas semanas atrás, cresceu mais de 12 mil sócios, quase mil por dia.

Potencialmente, segundo as projeções, se o comportamento dos rubro-negros for como o dos torcedores do Benfica português que tem 4% de sua torcida associada ao clube, o Flamengo terá uma renda anual de quase R$ 1 bilhão.

Um espanto, mesmo que fique pela metade disso.

Entre os clubes brasileiros, a maior taxa de adesão é a da Ponte Preta, com 1,2% de sua massa torcedora associada à campanha.

O Corinthians, com 51 mil sócios torcedores adimplentes (sim, todos os números são de sócios em dia), atrás apenas do Inter, tem ainda uma taxa decepcionante, de 0,20%, resultado da turbulência existente na área de marketing no Parque São Jorge. Perde para o Santos (0,97%), Ceará (0,68%), Fluminense (0,50%), Cruzeiro (0,36%), Fortaleza (0,29%) e América-MG, Portuguesa e Vitória, todos com 0,24%.

Nove grandes empresas participam do "Movimento por um futebol melhor": Danone, Ambev, Burger King, Seara, Unilever, Netshoes, Sky, Bradesco e Pepsico, além da Tim que está entrando. Grandes varejistas como Carrefour e Extra, entre outros 16, fazem parte do esforço.

Janeiro, 14, em 2000, foi o dia da primeira decisão do Mundial Fifa e de lá para cá clubes brasileiros abiscoitaram quatro títulos, contra três dos italianos, dois dos espanhóis e um inglês. Se hoje nossos clubes estão em patamares muito abaixo da Internazionale, Milan, Barcelona e Manchester United, os campeões mundiais Fifa da Europa, imagine se amanhã diminuírem a diferença.

Aí sim se poderá imaginar a festa. Há quem acredite e esteja trabalhando para isso acontecer.

Se a massa torcedora também acreditar não haverá limites para o crescimento do futebol brasileiro.

Para tanto, contudo, os dirigentes terão de ganhar a confiança do torcedor.

Companhias gigantescas fazem sua parte para que, quem sabe, o futebol-empresa no Brasil possa criar o seu modelo, sem precisar dos magnatas que saíram comprando grandes clubes pelo mundo afora, motivo de justificada preocupação dos torcedores dessas agremiações.

O futebol brasileiro não vive apenas de más notícias.


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