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Blitzkrieg*

(*termo alemão para guerra-relâmpago, com ataque de surpresa, rápido e brutal)

Goleada do Dortmund sobre o Real expõe ascensão do futebol alemão, um dos favoritos para a Copa-14

DE SÃO PAULO

Primeiro, em Munique. Depois, em Dortmund. Duas goleadas de alemães contra espanhóis podem levar clubes da Alemanha a protagonizar, pela primeira vez, a final da Copa dos Campeões, o mais rico e disputado campeonato continental, criado em 1956.

Anteontem, o Bayern, de Müller, impôs 4 a 0 sobre o Barcelona, de Messi.

Ontem, o Borussia Dortmund, de Lewandowski, aplicou 4 a 1 no time de Cristiano Ronaldo, o Real Madrid --maior vencedor do torneio, com nove taças conquistadas.

Com o resultado, a equipe alemã só perde a vaga na próxima terça se levar 3 a 0 ou, caso marque no Santiago Bernabéu, perca por uma diferença de quatro gols.

Os placares das duas partidas foram construídos bem ao estilo blitzkrieg (tática de guerra): com força, pressão e desorganizando o rival para a partida de volta.

O domínio alemão nos jogos de ida das semifinais do torneio desenhou uma provável final entre Bayern e Dortmund no dia 25 de maio, em Londres, o que glorificaria o modelo da Bundesliga.

A primeira divisão do futebol da Alemanha ficou marcada por lotar os estádios, gerar receitas milionárias aos clubes e promover o investimento em jovens jogadores.

DIFERENÇA

Quarta economia mundial --e a principal da Europa--, a Alemanha comandou, no ano passado, um socorro financeiro a países endividados, como a Espanha.

Seu poderio econômico, porém, não se refletia no futebol. As equipes alemãs têm, juntas, seis taças da Copa dos Campeões, contra 13 da Espanha e 12 de Inglaterra e Itália.

Há oitos anos, o Borussia, campeão europeu em 1997, quase faliu e foi obrigado a abandonar as grandes contratações para sanar dívidas.

Com isso, montou elencos com apostas em jogadores formados no clube ou contratando jovens de times menores, seja da Alemanha, seja de outros países.

O Bayern de Munique, embora mais rico e maior que o Dortmund --a ponto de pagar multa rescisória de R$ 97 milhões para tirar o atacante Mario Götze, 20, do rival--, também aposta na formação de atletas, casos de Müller, 23, e Toni Kroos, 23.

Isso faz com que os dois clubes sejam a base da seleção alemã, um time jovem e apontado por Luiz Felipe Scolari, técnico da seleção brasileira, como um dos favoritos à Copa do Mundo de 2014.

Nos últimos dois jogos, quatro atletas de cada clube foram titulares da Alemanha nas eliminatórias, competição na qual lidera o Grupo C com folga.

O fato de o país ter sido sede da Copa de 2006 também impulsionou os clubes. Com arenas modernas e seguras, o público se tornou uma fonte de renda importante.

Em 2012, o Alemão levou 45 mil torcedores aos estádios em média por partida, consolidando-se como o campeonato com a melhor média de torcida no mundo --o Brasileiro teve média, no mesmo ano, de apenas 12,9 mil.


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