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Sem fila

Com título do Mundial de F-1 decidido há 4 corridas, sobram entradas e quartos de hotel para o GP Brasil

NELSON BARROS NETO
DE SÃO PAULO

Na temporada em que Sebastian Vettel conquistou seu bicampeonato quatro corridas antes do encerramento do Mundial, o GP Brasil caiu em emoção e também vai amargar queda de público.

Melhor evento hoteleiro para a cidade de São Paulo desde os anos 1990, amparado na era Ayrton Senna, segundo a associação brasileira da área, a prova de domingo vê sobrarem ingressos e vagas para as unidades tradicionalmente mais procuradas e próximas do autódromo.

Ao contrário do que aconteceu no ano passado, ainda há entradas para todos os setores de Interlagos, salvo o "A", o segundo mais barato (R$ 655 para os três dias, em valores que vão de R$ 495 a R$ 2.590) e dono de uma das melhores vistas para a pista.

A organização diz que ainda não tem a parcial das vendas e nem estima a quantidade de bilhetes sobrando.

Mas afirma que as arquibancadas estarão cheias a partir de sexta, quando ocorrem os primeiros treinos livres.

Porém, no período de uma hora em que a Folha esteve à frente do guichê 8 (único ponto atualmente para se adquirir ingresso, após o fim das compras online), não registrou nenhum movimento na tarde de ontem no local.

Uma das bilheteiras, que não quis se identificar, informou que ainda existia uma boa quantidade -e para todos os setores. Quem apareceu foi apenas para retirar os tíquetes comercializados pela internet, acrescentou.

Primeiro da lista de hotéis indicados pela SPTuris (empresa municipal de promoção turística e eventos) como referência ao GP Brasil, o Transamérica Flat Nações Unidas, que fica na Chácara Santo Antônio, a menos de 15 minutos do autódromo, admitiu enfrentar dificuldades.

"A procura para este ano caiu bastante. Estamos com apenas 40% dos apartamentos reservados para o fim de semana e são poucas as pessoas que nos procuram para solicitar reserva", disse Carolina May, chefe de recepção do empreendimento.

Responsável pelo serviço no Tryp Nações Unidas (da rede Sol Meliá), também presente na lista, Henrique Pinheiro afirmou que a demanda caiu, mas, apesar de uma maior demora, terminou conseguindo fechar os leitos.

"Mesmo com a redução, deveremos chegar perto de 90% da ocupação na capital", declara Bruno Omori, presidente da ABIH-SP (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de São Paulo).

No ano passado, quando o campeonato ainda não havia sido decidido, houve "overbooking" não só na cidade, como no entorno e nos municípios de Santos e Campinas -em 2010, porém, o Salão do Automóvel também estava ocorrendo no mesmo período.

"Dos 60 mil lugares de Interlagos, 30 mil em média são de fora, e essas pessoas trazem mais gente da família".

Segundo Omori, embora o campeonato tenha perdido "o interesse esportivo", os apaixonados por automobilismo virão de qualquer forma, até porque compram os pacotes meses antes.

Levantamento da prefeitura aponta que, no último ano, a prova atraiu quase 70 mil visitantes para o final de semana, além de movimentar R$ 250 milhões, tornando-se o segundo melhor momento do ponto de vista econômico para o turismo de SP -à frente da Virada Cultural,da Parada Gay, do Carnaval, do Réveillon e das bienais.

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