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Prancheta do PVC

Viva la vida

A chegada de Guardiola ao Bayern avisa que domínio germânico pode ter uma mescla de estilos

Martin Ainslet é um jornalista argentino, residente em Madri e acompanha o Barcelona há oito anos. Estava tanto em Munique, quanto em Dortmund, nas goleadas alemãs sobre os gigantes espanhois, semana passada.

Quando Lewandowski marcou pela quarta vez e configurou o 8x1 do placar agregado, Ainslet pensou em Guardiola: "Ele já sabia. Muito antes de nós, ele sabia".

Martin refere-se ao conhecimento de que alguma coisa séria estava em andamento na Alemanha.

Bayern e Borussia não têm o estilo do Barcelona, e nem terão.

Os alemães bebem de várias fontes, abandonaram o uso do líbero, passaram a marcar por zona e por pressão. Usam boa parte do repertório espanhol, uma parte da história do futebol brasileiro, mas são e sempre foram mais verticais.

Guardiola sabia de tudo isso, porque, desde 2011, os alemães passeiam pelo mundo afirmando que a Bundesliga será a liga mais assistida do planeta. Em 2011, estavam na Copa América da Argentina.

Lá, o agente de jogadores Johan Loesch afirmou: "A Alemanha será a primeira. O Brasil pode ter a quarta melhor liga".

Guardiola observou a tudo e aceitou trabalhar no Bayern, durante a passagem de seu ano sabático, em Nova York.

Trabalhar na Bundesliga pode significar estar no lugar certo na hora certa. Ou a necessidade de se adaptar e montar um time diferente do que está acostumado, menos posse de bola, mais sede de gol.

Do melhor Barcelona, a qualidade mais presente no Bayern não é o tempo com bola no pé, mas a marcação por pressão. O Barça sem pressão é como o Corinthians de Parreira, ou a seleção de 1994. Toca-toca, tiki-taka, muitas vezes sem sair do lugar. Em outras, reclama de o adversário manter dez jogadores atrás da linha da defesa.

O Borussia Dortmund menospreza a bola. Dos quatro semifinalistas da Liga dos Campeões, é o único com média inferior a 50% do tempo com bola no pé.

Controla as partidas à base da pressão no adversário. Desarma e, depois, acelera o jogo --Felipão gosta mais desse estilo.

Certamente Guardiola sabe de tudo isso. Mérito seu, sempre esteve à frente de seu tempo e buscou experiências em outros lugares. Atuou pela Roma, pelo Brescia, no Qatar. Como a música do Coldplay, seu hit no vestiário do Barça por quatro anos, Guardiola é um viva la vida.

A Liga dos Campeões pode anunciar um domínio alemão na terça e quarta-feiras. A chegada de Guardiola avisa que esse domínio pode ter uma mescla de estilos --meio germânico, meio espanhol.

A Alemanha é contraponto ao tiki-taka espanhol.

A pergunta é se Guardiola vai adaptar os alemães ao Barcelona ou se adaptar ao Bayern e fazer um time que marque por pressão, tenha a posse de bola, mas acelere o máximo possível. Mais moderno ainda.

MAIS COMPACTO

Tecnicamente, Pato mostrou de novo que o Corinthians não possui ninguém melhor do que ele. A questão é organizar a equipe com ele e Guerrero. Por minutos, com o jogo resolvido, é mais simples do que no início. Com a formação inicial, o time é mais compacto. Mas que Pato dá gosto, isso dá.

INCONSISTENTE

O Santos não chega às semis deste ano com a cara de favorito dos três anos anteriores. Tem a vantagem de pegar o intruso Mogi, mas não pode descuidar. O Mogi tem bons atletas. O desafio é ver Neymar e Montillo jogando juntos o que já mostraram separados. Se acontecer, o tetra pode chegar.


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