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Patrão

Teixeira entrega seleção a Andres, presidente do clube favorito ao título e seu provável sucessor

SÉRGIO RANGEL
DO RIO

O presidente do Corinthians, Andres Sanchez, será o homem forte da seleção brasileira. Num encontro de dez minutos com Ricardo Teixeira, no Rio, Andres aceitou ser o diretor de seleções e se cacifou à sucessão na CBF.

A conquista da inédita medalha de ouro olímpica em Londres-2012 é a primeira missão do cartola corintiano, segundo o seu novo patrão.

Andres, que deixará seu clube no dia 15, vai definir a programação, contratar treinadores e coordenar as nove equipes administradas pela CBF até a Copa América de 2015. A competição será a última de Teixeira, que comanda a CBF há 22 anos.

"Ele vai ficar aqui até o final do meu mandato. Essa é a nossa intenção", afirmou Teixeira, que tenta viabilizar sua candidatura à presidência da Fifa em 2015. Ele trava nos bastidores do futebol uma disputa com Joseph Blatter. Os dois se recusaram a falar sobre a sucessão na CBF.

Andres é um dos maiores aliados de Teixeira. Ele foi um dos articuladores do movimento que implodiu o Clube dos 13 e conseguiu, com a ajuda da CBF, viabilizar a construção do Itaquerão, palco da abertura da Copa de 2014.

Pelo acordo, Andres será remunerado e receberá cerca de R$ 50 mil mensais. "Neste momento de organização da Copa, não tenho a pretensão de tocar tudo sozinho. Na seleção, Andres vai ter autonomia total", disse Teixeira.

Mais tarde, em entrevista no CT do clube, Andres falou sobre suas funções no cargo.

"Quando chega uma pessoa nova, mudanças vão ocorrer com o tempo. Lá, já tem uma estrutura. O que eu achar que tem que ser mudado, vou mudar", declarou.

No ano passado, o presidente do Corinthians foi chefe de delegação da seleção no Mundial da África do Sul.

"Vai ser totalmente diferente. Na última Copa, cheguei dez dias antes e tentei ajudar. Agora, vou trabalhar exclusivamente para isso", disse o cartola, que classificou o trabalho de Mano Menezes, outro ex-Corinthians, como "muito bem-feito".

Andres foi um dos dirigentes que recomendou Mano para o presidente da CBF depois que Muricy Ramalho recusou o convite para comandar a seleção brasileira.

"A diferença é que nós nos conhecemos. Ele sabe quando falo meio grosso. É meu jeito", disse sobre Mano.

O dirigente declarou que nunca tinha sonhado em ocupar o cargo, que já foi de Eurico Miranda, e considera a nova missão uma responsabilidade ainda maior do que a de comandar o Corinthians.

"O Corinthians era uma paixão. Não tem comparação. Agora, o cargo interessa a todos os cidadãos. Trabalhar com a seleção na Copa é uma responsabilidade maior."

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