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Crise faz Nigéria chegar ao Brasil atrasada e com time inexperiente

Campeã africana, que estreia hoje contra o Taiti, usa garotos no lugar de medalhões afastados por federação

RAFAEL REIS DE SÃO PAULO

A crise que fez a Nigéria chegar a Belo Horizonte a menos de 38 horas da estreia na Copa das Confederações, contra o Taiti, nesta tarde, no Mineirão, é a mesma que fez a campeã africana trazer um elenco de pouca experiência.

Os conflitos entre jogadores e a diretoria da NFF, a federação nigeriana, que atrasaram em dois dias a viagem do time ao país, também afastaram da seleção alguns dos seus atletas mais renomados.

O caso mais notório é o do atacante Peter Odemwingie, 31, autor de 30 gols nas últimas três temporadas do Inglês pelo West Bromwich.

Ao ser deixado de fora da convocação para a Copa Africana de Nações, no começo do ano, o jogador se revoltou no Twitter e acusou o treinador Stephen Keshi de tê-lo barrado por ter uma postura crítica em relação ao estado atual do futebol nigeriano.

O zagueiro e ex-capitão Joseph Yobo, do turco Fenerbahce, o lateral Taiwo, cujos direitos pertencem ao Milan, e o atacante Obafemi Martins, ex-Inter de Milão, são outros astros afastados da equipe.

A saída das estrelas é parte da política do presidente do Comitê Técnico da NFF, Chris Green, de reduzir a presença "estrangeira" na seleção, que ganhou força extra após título da Copa Africana.

O dirigente considera que atletas com história consolidada na Europa tendem a pensar apenas em suas carreiras e reclamam demais.

Mas tantas ausências transformaram a Nigéria em um time de pouca bagagem.

Oito dos 23 jogadores atuam no futebol local, cujos clubes não estão nem entre os mais poderosos do continente africano. E dez atletas nasceram na década de 1990.

Na equipe atual, o jogador com mais cancha é o volante Obi Mikel, do Chelsea. O atacante Moses, seu parceiro de clube, ficou fora por lesão.

Mesmo tendo abdicado das antigas estrelas, a Nigéria não conseguiu evitar novas confusões entre jogadores e NFF.

O elenco só chegou às 2h de ontem a Minas Gerais e fez só um treino antes da estreia.

Os atletas se recusaram a viajar mais cedo em razão da tentativa da federação de reduzir pela metade o bicho de US$ 10 mil prometido a cada jogador pela vitória sobre o Quênia nas eliminatórias da Copa-2014, semana passada.

Os nigerianos ameaçaram boicotar a Copa das Confederações e foi preciso interferência estatal por um acordo.


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