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Após sofrer em Minas, Nigéria jogará em casa em Salvador

Em duelo decisivo contra o Uruguai, jogadores encontram apoio na cidade com mais negros fora da África

NELSON BARROS NETO DE SALVADOR

De rejeitada pelos mineiros a "queridinha" dos baianos. Essa é a expectativa da Nigéria, que hoje enfrenta o Uruguai, às 19h, na primeira partida em Salvador nesta Copa das Confederações.

Há três dias, a equipe viu a torcida local torcer fervorosamente para o excêntrico Taiti em sua estreia no Brasil. Mesmo tendo vencido de goleada, as arquibancadas festejaram mais o único gol adversário do que os seis que ela marcou em Belo Horizonte.

Agora, a história será diferente, segundo os movimentos sociais de Salvador. A capital baiana é a cidade com mais negros fora da África.

"Sério isso? Se eles vierem nos apoiar, será uma grande força moral. Vai nos ajudar", disse o volante Mikel, estrela nigeriana e atleta do Chelsea.

"Na segunda, foi uma atmosfera bem estranha. Não sabíamos que todos estariam com o Taiti. Foi engraçado jogar sem nenhum torcedor a favor", completou, aos risos.

A ligação com Salvador data de cinco séculos. Os primeiros escravos que chegaram ao país vieram de onde atualmente é a Nigéria, afirma Misbah Akanni, representante da embaixada nigeriana na cidade.

Ele diz que ontem inclusive ocorreria uma visita da delegação ao Pelourinho, mas a Fifa e a Polícia Federal não deixaram devido ao clima de protestos no Brasil. A federação e o órgão negam.

Da região, vieram componentes fundamentais da cultura afro-baiana, como o acarajé. Empolgado, o presidente do bloco Olodum, João Jorge, promete uma homenagem aos jogadores.

Para completar, um dos maiores ídolos da história do Vitória, rival do Bahia, é um ex-atacante nigeriano chamado Ricky --que é amigo do treinador do time nacional.

O técnico Stephen Keshi faz mistério sobre a escalação. Já o Uruguai (nome de um bairro de Salvador) está definido por Oscar Tabárez, que repetiu postura adotada no Recife, antes da derrota por 2 a 1 para a Espanha, e não realizou o tradicional treino de reconhecimento do gramado da Fonte Nova.

Ele alegou que, por acontecer à noite, seus atletas poderiam ficar cansados.

Serão três as mudanças neste que é considerado por ambos os lados um jogo crucial para avançar às semifinais ao lado dos espanhóis.

A principal delas é a entrada de Diego Forlán, um dos dois do elenco que atuam no Brasil. O atacante do Internacional vai formar o setor com os badalados Suárez e Cavani e deixar a seleção no pouco usual esquema 3-4-3.

Apesar das especulações, o meia Lodeiro, do Botafogo, deve começar o duelo de hoje no banco de reservas.


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