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PVC na Copa

Cabeça erguida

O evento-teste para a Copa do Mundo de 1950 foi o Campeonato Sul-Americano de 1949, disputado no Brasil um ano antes do Maracanazo.

O intuito não era testar, mas como não havia eventos de futebol realizados aqui desde o Sul-Americano de 1922, era bom saber como o país se sairia 27 anos depois.

A seleção jogou três vezes no Pacaembu e cinco em São Januário. A quinta partida no Rio só existiu por culpa de uma virada incrível sofrida contra o Paraguai.

Um São Januário-azo!

Se vencesse, o Brasil seria campeão. Ganhava com gol de Tesourinha até os 30 min do segundo tempo. Em nove minutos, o Paraguai fez 2 x 1 e provocou um jogo extra, vencido pela seleção brasileira por 7 x 0.

Treze meses depois, seis derrotados em São Januário estavam no gramado do Maracanã. Ganhavam com gol de Friaça --ponta-direita como Tesourinha-- até os 20 min da segunda etapa. Em 13 minutos, Schiaffino e Ghiggia deram a Copa ao Uruguai.

Ganhar ou perder uma competição um ano antes do Mundial não tem assim tanta importância.

Entrar no torneio com a impressão de ser impossível ganhar clássicos e construir uma história diferente é significativo.

O Brasil ganhou confiança com os 4 x 2 diante da Itália e segurança por voltar a ser superior a rivais grandes, como italianos e franceses.

Há quem diga que a vitória veio porque houve erro do bandeira no gol de Dante --houve-- e não aconteceu falta sobre Neymar no segundo gol --para mim, aconteceu a infração. A capa da "Gazzetta dello Sport" de ontem dizia: "Azzurri a Testa Alta" ("Azzurra de cabeça erguida"). A Itália perdeu por 4 x 2. Imagine alguém dizer aqui que a seleção perdeu por 4 x 2 e saiu de cabeça erguida...

A REDENÇÃO

O técnico da Espanha, Vicente del Bosque, foi demitido do Real Madrid no dia 23 de junho de 2003. Ontem, a demissão completou exatos dez anos.

Del Bosque passou cinco temporadas no ostracismo, um ano no Besiktas, quatro desempregado, antes de assumir o lugar de Luis Aragonés, logo depois do título europeu de 2008.

Como Aragonés, era tido como simplório, com seu corpanzil e o bigode espanhol, semelhante a uma sardinha saindo pela boca.

Simplicidade é um mérito.

Em cinco anos, Del Bosque fez o simples. Manteve o estilo de jogo, lançou bons jogadores como Pedro, Busquets, Pique e Alba, administrou vaidades dos jogadores do Barcelona com os do Real Madrid, clube onde ganhou duas Champions League, antes de ser demitido.

Nestes últimos dez anos, tudo o que o Real Madrid quer é encontrar alguém simples como Vicente del Bosque.


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