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O bom conselheiro

Mais diplomático, Parreira trabalha com Felipão nos bastidores e assume papel de influência na seleção

MARCEL RIZZO MARTÍN FERNANDEZ SÉRGIO RANGEL ENVIADOS ESPECIAIS A BELO HORIZONTE

Enquanto Luiz Felipe Scolari orienta os treinos dentro de campo, Carlos Alberto Parreira assiste a tudo recostado numa cadeira, à distância.

Mas o coordenador técnico da seleção brasileira tem muito mais influência sobre o treinador do que parece.

Juntos pela primeira vez na carreira, o gaúcho Felipão e o carioca Parreira são inseparáveis nos bastidores.

Desde o início da preparação para a Copa das Confederações, os dois estão sempre conversando nos hotéis pelo Brasil. Nos treinos, eles se separam, mas Parreira trabalha como um conselheiro.

O técnico do tetra raramente entra no campo, mas o técnico do penta costuma deixar o gramado para ouvi-lo.

No campo, Felipão continua com a ajuda de Flávio Murtosa, seu auxiliar há mais de duas décadas.

"Vejo no Parreira uma parte que não tenho. Ele é mais gentil, diplomático, sabe trabalhar com a imprensa e com os atletas de um jeito diferente do que eu faço", disse Felipão, fiador da contratação de Parreira, no fim de 2012.

"Às vezes vou por um lado e o Parreira, por outro. Mas isso está sendo bom."

Em 2002, a CBF tentou forçar Felipão a trabalhar em dupla com Antônio Lopes, que ocupava a mesma função de Parreira, mas não deu certo.

Lopes virou uma figura decorativa e tinha pouca interlocução com Felipão.

O presidente da CBF, José Maria Marin, escolheu os técnicos que ganharam os últimos Mundiais da seleção para blindá-la durante a Copa das Confederações --amanhã, o time pega o Uruguai no Mineirão, pela semifinal.

No início do trabalho da dupla, cartolas da CBF acreditavam que os dois poderiam não se entender pela diferença de temperamento. A desconfiança foi superada.

Logo no início da preparação para a disputa do torneio, Parreira ocupou a função de diplomata da seleção.

Diante de uma crise entre a comissão técnica e o Bayern de Munique por conta da liberação de Luiz Gustavo e Dante, o carioca afastou Felipão da polêmica.

Parreira era o único que falava sobre o assunto. No final, os brasileiros venceram a queda de braço, e os dois se apresentaram para a disputa do amistoso contra a Inglaterra, no Maracanã.

Nos últimos dias, Felipão escancara elogios a Parreira. Na sexta-feira, ele lembrou que a conquista do tricampeonato completava 43 anos naquela data e pediu aos jornalistas uma salva de palmas ao carioca, que integrou como preparador físico a comissão técnica de Zagallo.


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