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Clássico do equilíbrio, Espanha e Itália fazem duelo por vaga na final
No último confronto, há um ano, espanhóis ganharam a Eurocopa ao derrotar os italianos na decisão por 4 a 0
A Espanha faz a semifinal da Copa das Confederações às 16h de hoje, no Castelão, contra o rival que, provavelmente, mais lhe criou empecilhos para jogar. Os últimos três confrontos com a Itália expõem o equilíbrio deste duelo: uma vitória para cada seleção e um empate.
"Posso dizer o que falei aos meus jogadores hoje [ontem]: creio que somos uma das seleções que mais dificultaram para a Espanha. Temos todas as armas para criar oportunidades", disse o técnico da Itália, Cesare Prandelli.
No último confronto entre as duas equipes, em 1º de julho de 2012, a Espanha conquistou a Eurocopa ao impor uma goleada por 4 a 0 sobre os comandados de Prandelli.
Já as duas últimas derrotas da Espanha foram para "italianos". O revés mais recente, em novembro de 2011, foi para a Inglaterra, cujo técnico era o italiano Fabio Capello. A penúltima queda foi para a própria Azzurra, em junho daquele mesmo ano.
"As duas seleções se conhecem muito bem, mas sempre tem algum detalhe. Vamos tomar as nossas medidas", declarou o treinador espanhol, Vicente del Bosque.
Os maiores "detalhes" do momento têm sido o clima quente, ao qual as duas seleções estão desacostumadas, e as contusões.
Del Bosque não sabia ontem se poderia contar com dois de seus titulares. Fàbregas e Soldado têm desgaste muscular devido ao calor.
Já Prandelli tem problemas bem mais significativos. Balotelli, seu artilheiro, foi cortado por causa de uma contusão na coxa, e Abate, com problema no ombro, também deixou a competição.
O técnico deve mudar seu esquema para aumentar o número de jogadores no meio de campo. A ideia é colocar três zagueiros e jogar apenas com Gilardino no ataque.
"Não há uma forma ideal de lidar com a Espanha. Não há certeza de ganhar. Temos que ler as situações [durante o jogo]", disse Prandelli.
O calor e a maratona de jogos são outros fatores que serão levados em conta hoje. "O horário e a temperatura não são as melhores, mas as condições são as mesmas para as duas seleções", comentou o volante espanhol Busquets.
"Temos de superar esses últimos dias, todos estão ficando cansados. São 20 e tantos dias, começa a pesar estar fora de casa depois de uma temporada tão intensa", declarou Del Bosque.
Além de definir uma vaga na final, o jogo tem um ingrediente a mais: quem perder terá que fazer a disputa do terceiro lugar no calor de Salvador, às 13h de domingo.
A esperança dos espanhóis é que, na Copa-2014, os horários dos jogos sejam revistos.
"Claramente, sim [quero pedir mudança nos horários]. Para nós seria melhor jogar mais tarde, às 19h", disse o lateral direito Arbeloa.
