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Algo para festejar

Mesmo depois da derrota, são-paulinos se unem a algozes palmeirenses para celebrar o grito abafado de campeão do arquirrival Corinthians

LUCAS REIS
RAFAEL REIS

Palmeiras 1

Marcos Assunção, aos 11min do 1º tempo

São Paulo 0

O momento de maior euforia no Pacaembu aconteceu quando o árbitro já havia encerrado o clássico, e os jogadores, deixado o gramado.

A torcida do Palmeiras foi ao êxtase quando o gol do vascaíno Bernardo lhe deu a chance de, na última rodada do Brasileiro, voltar a ter papel importante, o que lhe foi tão raro durante todo o ano.

E os são-paulinos presentes no estádio, apesar da derrota que praticamente enterra as chances de salvar a temporada, vibraram juntos. Comemoraram o fato de o Corinthians, arquirrival da dupla, ainda não poder festejar.

E caberá justamente ao Palmeiras, no próximo domingo, a tarefa de tentar impedir que a equipe do Parque São Jorge seja campeã brasileira pela quinta vez -precisa vencer para dar ao Vasco a chance da conquista.

Depois de um ano difícil, marcado por fracassos em campo, problemas entre cartolas e jogadores, briga com torcedores e até um flerte com o rebaixamento, atrapalhar os rivais tradicionais foi tudo o que restou ao Palmeiras.

A primeira parte da redenção foi cumprida. A equipe de Luiz Felipe Scolari, que chegou a ficar dez jogos seguidos sem vencer no Brasileiro, bateu o São Paulo.

O 1 a 0 foi insuficiente para acabar com as chances de o time do Morumbi disputar uma vaga na Libertadores. Mas, a possibilidade são-paulina de jogar a principal competição sul-americana em 2012 ficou bastante remota.

O time de Emerson Leão caiu para a oitava posição. Para obter a classificação, precisará vencer o clássico contra o Santos na última rodada e torcer para que Coritiba, Internacional e Figueirense consigam no máximo um empate em suas partidas.

Uma meta complicada para qualquer time, ainda mais para quem perdeu a confiança da torcida por falhar nos momentos decisivos, exatamente o que ocorreu ontem.

Nem parecia que era o São Paulo que ainda almejava algo de concreto. O Palmeiras tomou a iniciativa, criou (e desperdiçou) as melhores chances, dominou o jogo e terminou com um homem a mais. Rivaldo foi expulso.

Viu Rogério fazer uma grande defesa, acertou duas bolas na trave, mas só fez 1 a 0 graças à sua jogada mais manjada e decisiva: a bola parada de Marcos Assunção.

Aos 11min do segundo tempo, o volante bateu falta para o meio da área. A bola passou por defensores, atacantes e pelo goleiro até entrar.

A torcida palmeirense comemorou a vitória. Mas nada que se comparasse à reação vista quando o Vasco entregou ao Palmeiras a chance de decidir o campeão brasileiro.

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