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Apesar de discussão interna, Brasil vence

VÔLEI
Bernardinho e Escadinha batem boca, atleta xinga técnico, mas seleção derrota Argentina por 3 a 0

DE SÃO PAULO

A seleção masculina de vôlei venceu, algo muito comum na era Bernardinho, iniciada em 2001. A seleção masculina de vôlei voltou a ter uma discussão interna durante o jogo, algo também recorrente na era Bernardinho.

Ontem, durante a vitória sobre a Argentina por 3 sets a 0 (25/22, 25/20 e 25/21) os protagonistas do bate-boca foram justamente o técnico e o líbero Escadinha, 36, jogador mais experiente do time.

No segundo set, o placar apontava 16 a 13 para o Brasil. Mesmo assim, durante o tempo técnico, Bernardinho fez cobranças ríspidas ao grupo, uma atitude corriqueira do treinador, reconhecido por seu perfeccionismo e pelas caras e bocas que faz mesmo nas partidas em que o Brasil vence com tranquilidade.

Desta vez, no entanto, Escadinha retrucou e chegou a peitar seu comandante. O capitão Giba tentou apartar, afastando o líbero do técnico, mas Escadinha retornou e xingou Bernardinho ("Vai tomar no cu"), antes de sentar no banco de reservas.

Ao fim da partida, o líbero minimizou o ocorrido.

"Esse tipo de coisa faz parte. Não conseguimos jogar calados. A nossa equipe tem um espírito guerreiro dentro da quadra e isso foi uma discussão normal. Já havia acontecido em outras vezes. O importante é que o campeonato segue e vamos continuar unidos como sempre. Se for para discutir e vencer por 3 a 0 sempre, não tem problema", disse Escadinha.

De fato, essa não é a primeira vez que integrantes da seleção discutem rispidamente durante um jogo.

Na Liga Mundial de 2004, o técnico teve um bate-boca com o então levantador Ricardinho, reconhecido pelo temperamento explosivo, assim como o de Bernardinho.

No quartas de final do Mundial de 2006, Escadinha também protagonizou uma discussão. Ricardinho e o meio de rede Gustavo foram os outros envolvidos.

Tanto na Liga Mundial de 2004 quanto no Mundial de 2006 o Brasil foi campeão.

E, assim como agora, os jogadores minimizaram os efeitos da discussão.

"Todos achavam que havia algo ruim entre nós. Brigamos e, um dia depois, já estava tudo bem. Fazer esse grupo se separar por esse tipo de coisa é impossível", afirmou Ricardinho, em 2006.

Mas, no ano seguinte, antes do Pan do Rio, Ricardinho entrou em rota de colisão com Bernardinho e alguns companheiros. Acabou expulso da seleção. O motivo do corte nunca foi esclarecido publicamente por nenhum membro da equipe.

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