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Copa no Qatar foi 'erro', diz membro da Fifa

FUTEBOL
Para membro do Comitê-Executivo, fazer o Mundial-2022 no início do ano afetará calendário europeu

DE SÃO PAULO

A escolha do Qatar para sediar a Copa do Mundo de 2022 foi um "erro gritante", na avaliação do alemão Theo Zwanziger, um dos 25 membros do Comitê-Executivo da Fifa.

Foram os integrantes deste comitê que decidiram pelo país do Oriente Médio, em polêmica eleição, em dezembro de 2010. No mesmo anúncio, a Rússia foi escolhida como sede da Copa de 2018.

Para Zwanziger, que é ex-presidente da federação de futebol da Alemanha, realizar o torneio no inverno no Qatar, entre os meses de janeiro e março, será inviável para o calendário europeu.

Tradicionalmente, os Mundiais são disputados entre maio e julho. Neste período, no entanto, é verão no Qatar e as temperaturas no país podem superar os 40ºC --daí a hipótese de a Fifa mudar a Copa-2022 para o início do ano.

O problema é que as principais ligas do futebol europeu iniciam em agosto e acabam em junho do ano seguinte, quando começam as férias de verão do continente.

"Alterar a disputa da Copa do Mundo para o inverno abalará a estrutura das federações de futebol na Europa e também o futebol amador na Alemanha", disse Zwanziger à revista alemã "Sportbild".

Ele argumentou que a mudança terá impacto no calendário do Campeonato Alemão e também nas divisões inferiores por causa do acesso e do descenso dos clubes.

O país está se apressando em desenvolver uma tecnologia de refrigeração eficiente e alimentada por energia solar, para instalar em seus estádios e poder fazer frente ao forte verão do Oriente Médio durante a Copa de 2022.

"O erro deveria ser um fardo para quem o cometeu, mas não afetar quem não está envolvido", disse Zwanziger.

A escolha do Qatar para ser sede da Copa-2022 foi tema de matéria da revista "France Football", em janeiro deste ano. Intitulada "Qatargate", a reportagem afirma que dirigentes do país do Oriente Médio pagaram a membros da Fifa para receber votos.

O comitê de ética da entidade analisa o caso. De qualquer maneira, a Fifa já modificou a maneira de escolha das sedes dos Mundiais. Agora os países filiados (209) é que terão direito a voto, não mais os membros do comitê.


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