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Opinião

O pecado mortal do dirigente são-paulino foi criticar Rogério

JUCA KFOURI COLUNISTA DA FOLHA

Adalberto Baptista tem uma porção de culpas.

Por exemplo: é rico, independente, não corteja ninguém e, além de ter contratado Luis Fabiano, Cortês, Lúcio e Ganso que não deram certo, trouxe Ney Franco, que deu certo, mas caiu em desgraça.

Além do mais, criticou Rogério Ceni, pecado ainda mais mortal do que não se dar com Milton Cruz, o dono do vestiário tricolor.

Ah, sim, Baptista não recebia um tostão do São Paulo e também trouxe Jadson e Osvaldo, acertos que nem são contabilizados neste momento de oito derrotas seguidas, embora a metade já na gestão de Paulo Autuori que, assim como Franco, não é o maior responsável por elas.

E o diretor que se demite também não era do tipo que bajula a mídia ou seja fonte para sobreviver.

Em bom português: cartola para poucas cabeças, fadado à guilhotina na fogueira de vaidades e interesses difusos e de sobrevivência no mundo do futebol.

Não é curioso que você tenha cansado de ouvir o Mito dizer nos últimos tempos que estava jogando no sacrifício até que Baptista bateu na mesma tecla para ser desmentido pelo goleiro, que além de ter dado de jogar adiantado agora também faz golpes de vista?

Luis Fabiano está outra vez no estaleiro, Lúcio parece um motoboy enlouquecido e Ganso desfila indiferente sua elegância inútil.

Mas o pescoço que rolou é o de quem os trouxe, o que até faria algum sentido caso o processo, desta vez, começasse pelo vestiário.

Como no Brasil que foi às ruas, há uma crise de representatividade no São Paulo.

Que foi se desmilinguindo paulatinamente sem perceber, de erro em erro, de arrogância em arrogância, até que o que era de ouro virou de prata, em seguida de bronze até virar lata.

Alguém mais sábio já disse que o poder corrompe e que o poder absoluto corrompe absolutamente.

Não foi pensando no São Paulo, mas poderia ter sido.


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