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Cartola do São Paulo cai, e Juvenal quer executivos para gerir o futebol

FUTEBOL
Presidente afirma à Folha que vai contratar dois profissionais sem 'vícios' na área

BERNARDO ITRI DO PAINEL FC MARCEL RIZZO DE SÃO PAULO

Protagonista da crise do São Paulo, Adalberto Baptista deixou ontem o cargo de diretor de futebol. Segundo o clube, ele pediu demissão.

O presidente Juvenal Juvêncio quer agora profissionalizar e despolitizar o departamento de futebol contratando dois executivos.

Um diretor irá ocupar o cargo que era de Baptista e um gerente de futebol fará o elo entre a diretoria e a comissão técnica. Ambos serão remunerados e não terão ligação com o clube --Baptista era conselheiro desde o início deste ano.

"Quero uma figura profissional", afirmou à Folha Juvenal, sobre o cargo de diretor. O presidente são-paulino já tem em mente o perfil:

"Quero alguém jovem, que fale várias línguas, com conhecimento jurídico."

Juvenal descarta contratar para o cargo ex-jogadores com ligação com o São Paulo, como Leonardo, que recentemente deixou a direção do Paris Saint-Germain, Pintado e Raí, nomes cogitados dentro do clube.

A intenção do cartola é contratar um executivo "sem vícios do futebol". Ou seja, alguém que não trabalhe no futebol. Em outras palavras, Juvenal quer um profissional de mercado e negociador --curiosamente o mesmo perfil de Adalberto Baptista-- para comandar o futebol.

O segundo cargo, o de gerente, será algo parecido com que fazia Marco Aurélio Cunha, hoje opositor a Juvenal, há alguns anos. Esse cargo foi extinto quando Cunha se afastou, em janeiro de 2011.

DESGASTE

O estilo de Baptista sempre agradou a Juvenal, que o considerava "um mestre nas negociações". A entrada do diretor na política são-paulina, como conselheiro, o fez virar vitrine para a oposição.

A permanência do diretor no cargo ficou insustentável pela péssima campanha no Brasileiro --apenas oito pontos em dez jogos e à beira da zona do rebaixamento-- e pela deterioração da relação dele com parte do elenco.

Há uma semana, por exemplo, o ex-diretor afirmou que a reposição de bola de Rogério não era mais a mesma. A declaração gerou mal-estar com o principal ídolo do clube. Baptista também foi criticado por ter bancado Ney Franco após a eliminação na Libertadores, nas oitavas.

Juvenal negou que Baptista tivesse problema com os jogadores. "Todos os respeitavam. Ele tinha uma simpatia enorme de todos", afirmou.

Adalberto Baptista foi diretor de marketing antes de assumir o futebol, cargo que possuía desde 2011, quando Juvenal foi reeleito. Sob sua gestão, o São Paulo só conquistou a Copa Sul-Americana do ano passado.

Baptista divulgou carta no site do clube na qual agradece ao presidente, aos jogadores e à comissão técnica e, com ironia, escreveu que será agora um torcedor cantando, só o hino são-paulino.

Foi uma crítica ao opositor Marco Aurélio Cunha, que, quando trabalhou como médico do Santos em 1997, apareceu em um vídeo cantando hino do rival.


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