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Prancheta do PVC

Melhor do que nada

Contra Corinthians, Paulo Autuori tentou estancar o sangue para tentar fazer o São Paulo sair da crise

Personagem desta semana, o técnico Cuca, campeão da Libertadores pelo Atlético, viveu uma situação exemplar para o momento do São Paulo. Em 2003, dirigia o Goiás, convivia com derrotas insistentes e com a lanterna do Brasileirão. Incomodado, Cuca recebeu um recado de Luiz Felipe Scolari, na voz de um dirigente goiano. "Felipão disse para você parar de perder", disse o diretor.

O recado aparentemente óbvio não era assim tão ingênuo. Felipão sabia, Autuori sabe e Cuca percebeu naquele tempo que mais importante do que ganhar um jogo para sair da crise é estancar o sangue. Parar de perder.

Em parte, foi o que Paulo Autuori tentou ontem.

Sem Lúcio e Ganso barrados, o São Paulo entrou em campo com três volantes, cada um com uma função determinada. Wellington marcava Danilo, Rodrigo Caio ficava com Guilherme, Fabrício esperava Ralf.

Depois de dez minutos de pânico, sem conseguir sair da marcação por pressão, o Tricolor se acomodou.

O Corinthians também.

O desafio de Tite a esta altura de seu trabalho é motivar seu time nos jogos comuns. Antes de enfrentar o São Paulo na final da Recopa, o técnico falou do ineditismo da conquista nos últimos 21 anos. "Desde 1992, ninguém soma Brasileirão, Libertadores, Mundial de Clubes e Recopa", Tite disse.

O Corinthians fez 2 x 0 naquele clássico, mas mereceu fazer mais.

Ontem, exceto nos primeiros dez minutos e nos dez seguintes às entradas de Pato e Renato Augusto, a equipe de Tite comportou-se como quem disputava algo sem importância... a nona rodada do primeiro turno, por exemplo.

Talvez seja mais fácil motivar o elenco campeão mundial no que ainda não venceu, a Copa do Brasil. A dedicação de aluno já aprovado no último dia de aula impõe o risco de ficar fora dos quatro melhores do Brasileirão e também da Libertadores. Concentrar todos os esforços no mata-mata pode ser suicídio.

O clássico também foi arriscado. Houve contra-ataques do São Paulo com Jadson e Fabrício contra Ralf. A estratégia resultou em algumas jogadas com dois são-paulinos contra um corintiano.

Os erros de passe, principalmente de Jadson, impediram transformar os espaços concedidos pelo Corinthians em vitória do São Paulo. Certamente os são-paulinos seguem infelizes e preocupados com 12 partidas sem vitória, o maior jejum de todos os tempos. O empate interrompe a outra sequência inédita, oito derrotas consecutivas.

É melhor do que nada.

SEM PERDÃO

Há quem tenha percebido que faltou uma letra H na coluna de ontem, no trecho "A quem atribua a origem da crise são-paulina à soberba pelas conquistas repetidas até 2008." Vacilo de revisão meu que você pode perdoar. Eu, jamais!

DEVAGAR

O time do Palmeiras evolui lentamente, mas tem cinco pontos de vantagem para o quinto colocado na Série B do Brasileiro. Aumentar essa folga na zona de acesso é importante para poder dedicar-se também à disputa da Copa do Brasil, a partir da segunda quinzena de agosto.

REPETECO

Em 2000, o Corinthians vinha de dez derrotas seguidas. Estancou o sangue num 0 x 0 com o São Paulo em novembro. Completou 15 jogos sem ganhar, maior série de todos os tempos. Bateu o Flamengo em janeiro. Só espantou a crise ao ganhar o clássico do Palmeiras, em fevereiro.


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