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Em má fase, Brasil mira só as finais em Mundial

ATLETISMO
País tem apenas um atleta entre os 3 melhores do ranking

PAULO ROBERTO CONDE DE SÃO PAULO

O Brasil chega ao Mundial de atletismo em Moscou, que começa na madrugada deste sábado, em retrocesso.

Dos 32 competidores convocados para o torneio, o país tem somente seis entre os dez melhores do mundo em suas modalidades neste ano.

E só um, o decatleta Carlos Chinin, tem pontuação entre as três melhores do planeta.

A saltadora com vara Fabiana Murer, que defende o título mundial, está em má fase e há dois anos não obtém marca superior a 4,80 m, tida como referência para quem briga pelo pódio.

A falta de candidatos às medalhas tira a ilusão até dos dirigentes da CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo). A entidade diz que a meta é elevar o número de finais em relação ao Mundial de 2011 --em Daegu, foram seis.

"Desde a Olimpíada de Pequim, nós deixamos muito a desejar", diz Antonio Carlos Gomes, superintendente de alto rendimento da CBAt.

Além da expectativa ruim para o Mundial de Moscou, a equipe nacional passou em branco na Olimpíada de Londres, no ano passado. Em Daegu, o ouro de Fabiana Murer foi a medalha solitária.

Gomes alega que o atletismo brasileiro passa por uma entressafra. Astros, como Maurren Maggi e Jadel Gregório, não conseguiram vaga para o Mundial, e jovens, como os saltadores com vara Thiago Braz, 19, e Augusto Dutra, 22, buscam afirmação.

Ambos abrem a participação do Brasil no Mundial às 3h15 (de Brasília) de amanhã.

"Não há tempo suficiente para criarmos campeões do nada até 2016. Então temos que dar estrutura para esses jovens e sabemos que os resultados levam tempo para acontecer", afirma Gomes.

A CBAt tem orçamento anual de R$ 31 milhões.

Explicação à parte, ele admite que a transição tem sido mais penosa que o esperado.

Tanto é que o país não terá representante nos 100 m pela primeira vez desde o início dos Mundiais, em 1983.

O revezamento 4 x 100 m masculino, medalha de bronze em Atlanta-1996 e de prata em Sydney-2000, também não conseguiu classificação.

Ana Cláudia Lemos, que corre os 100 m e os 200 m, e Bruno Lins e Aldemir Gomes Júnior, dos 200 m, são as apostas nas provas de pista.

Todos eles, porém, nem estão entre os 20 principais atletas das distâncias neste ano.

"Quero correr abaixo de 20s20 para entrar na final dos 200 m. Espero que seja suficiente", afirma Gomes Júnior.

Seria uma evolução considerável. Seu melhor tempo é de 20s38, que não lhe daria vaga na decisão da prova nos Jogos Olímpicos de Londres.

NA TV
Mundial de atletismo
2h25 (de amanhã) SporTV


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