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Descanso é trunfo na final da Davis

TÊNIS
Espanha, com dois top ten, enfrenta os argentinos em Sevilha

Cristina Quicler/France Presse
Nadal e Feliciano Lopes no sorteio dos jogos da decisão da Davis
Nadal e Feliciano Lopes no sorteio dos jogos da decisão da Davis

FERNANDO ITOKAZU
DE SÃO PAULO

A Espanha enfrenta a Argentina na decisão da Copa Davis em condições favoráveis: em seus domínios e com a sua forte equipe completa.

O bom desempenho de seus tenistas, porém, pode se tornar um problema para os espanhóis em Sevilha.

Escalados para as partidas de simples, Rafael Nadal (vice-líder do ranking mundial) e David Ferrer (quinto) já reclamaram de cansaço.

Conhecido pelo vigor físico, Nadal, 25, chegou a citar "falta de paixão" pelo tênis, mas depois disse que pode ter se expressado mal em inglês.

"O que eu quis dizer é que após uma longa temporada e sete anos no circuito estava um pouco cansado", afirmou ele (82 partidas em 2011), que na semana passada não passou da fase de grupos das Finais da ATP, em Londres.

Ferrer (77) também disputou torneio que reúne os melhores da temporada e conseguiu ir até mais longe do que o compatriota -foi eliminado nas semifinais. "Tive uns quatro dias para me adaptar ao saibro e acredito que isso [cansaço] não será problema amanhã [hoje]", afirmou ele.

O discurso dos espanhóis não é reclamação isolada.

A longa temporada do circuito masculino, que começa na primeira semana do ano e para alguns somente termina agora, se reflete mais notadamente na performance dos principais astros.

Número um do mundo, o sérvio Novak Djokovic, 24, acumula 76 jogos no ano e, com problemas físicos, não conseguiu passar da fase de grupos nas Finais da ATP.

O britânico Andy Murray, 24, que termina a temporada como quarto do mundo e 69 jogos, só disputou uma partida em Londres após sofrer com problemas na virilha.

A exceção entre as astros do circuito foi o suíço Roger Federer, 30, terceiro do ranking. Após pausa de seis semanas, o ex-número um do mundo (76 jogos), que só tinha um título em 2011, ganhou três troféus na sequência: Basileia, Masters 1.000 de Paris e Finais da ATP.

Quem adotou uma estratégia semelhante para a decisão da Davis foi o argentino Juan Martin del Potro, 23.

Mesmo com chances para se classificar para o torneio de Londres, o ex-número quatro do mundo (64) abriu mão de jogar o Masters 1.000 de Paris para se poupar para a final do mais importante torneio entre países do tênis.

Del Potro ressaltou o fato de o país nunca ter conquistado a Davis. Os espanhóis buscam o quinto título.

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