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Trabalho de Tite e Ricardo Gomes 'começou' no mesmo dia

DE SÃO PAULO

A noite de 2 de fevereiro de 2011 foi decisiva para dois homens e dois times de futebol.

No Rio de Janeiro, o Vasco acertou a contratação de Ricardo Gomes para substituir Paulo César Gusmão.

Em Ibagué, na Colômbia, onde o Corinthians acabara de ser eliminado da Libertadores, o presidente Andres Sanchez contrariou até seus aliados mais próximos e bancou a permanência de Tite.

A novidade no Rio e a continuidade em São Paulo geraram resultados positivos nas duas pontas da Dutra.

O Vasco virou um time sob o comando de Ricardo Gomes. Chegou à final da Taça Rio (segundo turno do Estadual), e só foi derrotado pelo Flamengo nos pênaltis.

O Corinthians voltou despedaçado da Colômbia. Mas "lambeu as feridas" como gosta de dizer Tite, e ganhou do Palmeiras por 1 a 0.

Sem Ronaldo e Roberto Carlos, o técnico corintiano armou um time solidário, e perdeu o Campeonato Paulista para o Santos de Neymar.

No Brasileiro, o Corinthians exibiu o mesmo futebol austero, de defesa sólida e criatividade a conta-gotas.

Liedson é o artilheiro do time na competição, com 12 gols, atrás de outros nove atletas de outros times.

Não há laterais, meias ou atacantes entre os indicados para o prêmio de melhores do Brasileiro da CBF -só o goleiro Júlio César, o zagueiro, Leandro Castán, os volantes Ralf e Paulinho. E o técnico.

DRAMA

Ricardo Gomes encontrou terra arrasada quando chegou ao Vasco. Carlos Alberto e Felipe, ídolos, estavam brigados com a diretoria e a torcida. O primeiro foi despachado para o Grêmio, o segundo acabou reintegrado.

O treinador soube acomodar astros veteranos, como Juninho Pernambucano, e jovens promessas, como Bernardo. Nenhum dos dois joga sempre e ambos ficam até no banco, sem se queixar.

Sob Ricardo Gomes, o Vasco mostrava fome incomum a times que ganham a Copa do Brasil (ou a Libertadores) no primeiro semestre.

O time já era o quarto na classificação quando enfrentava o Flamengo, na última rodada do primeiro turno.

Ricardo Gomes sofreu um acidente vascular encefálico (AVE) e foi operado às pressas. Ficou 21 dias internado.

O Vasco disse não a empresários que tentaram empurrar substitutos e apostou no auxiliar Cristóvão Borges.

Recuperado, Ricardo Gomes não deve ir ao Engenhão hoje para se poupar.

(MF)

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