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São Paulo-2011 faz sua despedida Série A Clube ainda tenta Libertadores, mas se arma para nova reformulação pós-fracasso RAFAEL REISDE SÃO PAULO É dia de despedida para o São Paulo. Não só porque se trata da última rodada do Brasileiro e da partida derradeira neste ano, mas também porque uma profunda reformulação vem pela frente. Independentemente de uma possível vitória sobre o Santos e de uma improvável combinação de resultados que lhe ponha na Libertadores, o clube do Morumbi irá mudar boa parte dos jogadores para 2012. É a receita do presidente do clube, Juvenal Juvêncio, para cada fracasso. E que, nos últimos anos, só tem provocado mais insucessos. Em 2009, última temporada em que disputou o título brasileiro, o São Paulo utilizou 29 atletas e apenas 11 deles (37,9%) não haviam jogado pelo clube no ano anterior. Desde então, a proporção de novatos aumenta radicalmente. Dos 28 jogadores que atuaram em 2011 e ainda fazem parte do elenco, 16 (57,1%) não vestiram a camisa do clube em um único jogo uma temporada antes. A série de reformulações teve início depois da eliminação da Libertadores de 2010. Com as promoções de Lucas e Casemiro, o elenco se encheu de jovens da casa. O rejuvenescimento provocou, já no começo deste ano, uma nova mudança profunda no elenco. Nessa leva, saíram Fernandão, Cléber Santana e Júnior César. Após a queda na Copa do Brasil, Juvenal decidiu que os garotos precisavam de ajuda com experiência internacional. Buscou, de uma vez, quatro reforços no exterior. Agora, a necessidade de outra mexida brusca ocorre pela apatia e a falta de brio dos jogadores detectada pela diretoria. Para os cartolas, é hora de transformar completamente o perfil do grupo. "O jogador precisa aumentar inteligência, raça, comprometimento", disse o técnico do time, Emerson Leão. "Quem não tiver isso, não é merecedor de uma grande equipe. Esse tipo de atleta para o próximo ano não tem lugar no São Paulo", completou o treinador, mantido no cargo para 2012 justamente por ter fama de linha dura. As mudanças para o próximo ano já começaram. O atacante Dagoberto, artilheiro do clube na temporada, não enfrenta o Santos porque assinou com o Inter e só não definiu ainda se irá se transferir em janeiro ou abril. O meia Rivaldo, suspenso pela expulsão contra o Palmeiras, não renovou e despediu-se dos companheiros. Outros, como o lateral e volante Jean, o meia Marlos e o atacante Henrique também não devem se reapresentar. O volante Casemiro, eleito pela torcida como símbolo da apatia, só fica se não tiver nenhuma proposta razoável. Duas contratações devem ser anunciadas nos próximos dias: o zagueiro Paulo Miranda, do Bahia, e o volante Fabrício, do Cruzeiro. Para que eles e o novo time do São Paulo joguem a Libertadores, a antiga equipe precisa ganhar hoje e torcer para que Inter, Coritiba e Figueirense não vençam seus jogos. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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