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Clubes fazem acordo para não financiar organizadas

TORCIDA
Ministério Público quer facilitar a identificação de uniformizados

DO PAINEL FC DE SÃO PAULO

Os quatro principais clubes de futebol do Estado de São Paulo acertam com o Ministério Público Estadual a elaboração de um termo no qual comprometem não ajudar suas torcidas organizadas financeiramente.

O documento deverá ser assinado em 1° de outubro por representantes de Corinthians, Palmeiras, Santos e São Paulo. O tema já foi discutido em duas reuniões com membros dos clubes e da promotoria --o último encontro aconteceu no Ministério Público, anteontem.

A ajuda de clubes a torcidas organizadas é considerada tabu no futebol. Atualmente, entre os quatro grandes paulistas, só o Santos admite esse apoio.

O documento terá, portanto, o efeito de oficializar o veto a um tipo de apoio que já não tem acontecido, de acordo com os clubes.

O Corinthians, antes da gestão de Mário Gobbi (desde fevereiro de 2012), contribuía com as principais organizadas. Deixou de dar apoio a elas, assegura a diretoria.

Fato que também ocorre no Palmeiras, que não ajuda as uniformizadas desde janeiro, quando Paulo Nobre assumiu a presidência. O São Paulo diz não colaborar pelo menos desde que Juvenal Juvêncio preside o clube, há sete anos.

Mesmo assim, os três clubes assinarão o compromisso. O Santos deverá mudar de comportamento.

IDENTIFICAÇÃO

Além de prever que os clubes não financiem mais as organizadas, a proposta da promotoria tem outro objetivo.

A partir deste pacto, o Ministério Público acredita que a identificação dos torcedores que vão aos estádios será facilitada. Isso porque o compromisso prevê que não haverá mais a distribuição de ingressos para os torcedores uniformizados, prática comum nos clubes.

O termo de compromisso determina que as organizadas terão que adquirir suas entradas de forma convencional, comprando nas bilheterias ou por meio de programas de sócios-torcedores.

Nos dois sistemas, o comprador do bilhete precisa se identificar. Quando faz a compra na bilheteria, o torcedor tem seu nome impresso no ingresso. O cartão de sócio-torcedor também contém o nome do associado.

Por isso, a Promotoria acredita que será possível ter registrado o nome de todos que foram ao estádio e identificar e punir pessoas que se envolverem em brigas.

No Corinthians, por exemplo, as organizadas compram bilhetes por meio do programa Fiel Torcedor, que tem cartões nominais. Há, porém, brecha para fraude, já que não existe controle rígido na entrada dos estádios, onde deveria ser conferida a documentação dos torcedores. Uma pessoa pode entrar com cartão de outra. (BERNARDO ITRI, DIEGO IWATA LIMA E MARCEL RIZZO)


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