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Edgard Alves

O novo presidente do COI

Bach, que já atuou em derrota brasileira, agora volta ao Rio para avaliar preparativos olímpicos

O alemão Thomas Bach, 59, é velho conhecido dos brasileiros que vivenciaram uma amarga experiência, da qual ele foi protagonista. Ocorreu há cerca de 17 anos, quando o cartola comandou a comissão de 19 membros do COI que avaliou as condições do Rio na campanha da candidatura para sede da Olimpíada de 2004. A escolha culminou com vitória de Atenas, na Grécia.

Naquela passagem, Bach e sua trupe deixaram a sensação de que o Rio tinha virtudes, mas o relatório da avaliação seguiu outra direção, e a candidatura nem foi à final.

São novos tempos, e ele volta para dar o tom da banda do COI na reta final do andamento das obras e dos preparativos da Olimpíada-16.

Eleito no dia 10, Bach anunciou que pretende visitar o Rio para ter sua impressão. A relação COI-Rio inclui negociações de contratos milionários, de direitos de imagem, de vultosas verbas públicas e privadas, de diplomacia, de assuntos de segurança e outros mais.

Advogado de profissão, o alemão já trabalhou para a Adidas e tem vínculo de negócios com empresários do Oriente Médio. No Brasil, deve dialogar principalmente com Carlos Arthur Nuzman, presidente do comitê organizador da Rio-2016 e do Comitê Olímpico Brasileiro, e com o ex-jogador de vôlei Bernard Rajzman, novo membro efetivo do COI.

Bach ingressou na entidade em 1991 e, desde 2006, vinha exercendo uma das quatro vice-presidências. É apontado como discreto e negociador. Na visita de avaliação supracitada, embora falasse pouco, ele destacou o entusiasmo da população em apoiar a Olimpíada, o projeto de concentração das atividades esportivas no perímetro urbano e o respaldo do governo e das ONGs.

Bach passou ainda 45 minutos em encontro privado com FHC, então presidente, por quem demonstrou admiração pela atuação do brasileiro na área de sociologia. Conversou com moradores do Rio, visitou favelas, foi saudado por índios do Xingú com uma "dança da amizade". Colocou cocar, pintou o rosto e dançou com os indígenas.

Como tornando um sonho realidade, na vistoria de duas horas e 20 minutos no Maracanã, fez questão de ir ao gramado e chutar bola com outros dirigentes. Até cobrou um pênalti certeiro, no canto esquerdo.

O clima festeiro aliado à euforia da mídia criou a imagem de que o Rio seria finalista. Por isso a eliminação foi impactante. Atenas, Buenos Aires, Cidade do Cabo, Roma e Estocolmo foram à final. Caíram fora Rio, San Juan, Istambul, São Petersburgo, Lille e Sevilha. Agora, espera-se que a pretendida visita de Bach produza imagem mais real da situação. É aguardar e conferir.

Bi x Mi

Na coluna anterior, em 14 de setembro, troquei bi por mi. O valor da estimativa do orçamento do dossiê de candidatura da Olimpíada do Rio, em 2009, é US$ 14,3 bilhões.


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