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Juca Kfouri

O Cruzeiro sobra

Após um primeiro tempo primoroso, o líder descansou no segundo, pois o Botafogo está abatido

DIZEM QUE quanto maior a expectativa em torno de um jogo, maior é a decepção.

De fato, principalmente quando se trata de decisão, as partidas costumam ser amarradas, estudadas, invariavelmente tensas para quem delas participa, mas aborrecidas para quem as vê pelo prazer do futebol.

Pois Cruzeiro x Botafogo, no meio da semana passada, desmentiu a tradição. Cumpriu rigorosamente a promessa que embutia e no exagero do placar --o 3 a 0 que não espelhou o jogo--, permitiu ao Cruzeiro mais que abrir sete pontos de vantagem, mas abalar a auto-confiança botafoguense.

Não foi à toa que o time mineiro chegou ontem no Pacaembu com ares de quem estava em casa e só não saiu na frente no primeiro tempo porque Cássio estava em tarde monstruosa e, talvez, por causa de um pênalti não observado de Gil em Borges. O talvez não é para deixar a existência do pênalti em dúvida, mas, sim, sua conversão, já que o goleiro estava em dia de Lev Iashin, o lendário russo que era chamado de Aranha Negra.

Das três defesas que fez nos 45 minutos iniciais, duas foram portentosas mesmo.

Verdade que no segundo tempo o Corinthians foi melhor, embora desse a impressão de ter feito um pacto contra o gol, coisa que Cássio entendeu, assim como Emerson Sheik, Romarinho, Douglas, Pato...

Impressiona a insegurança corintiana quando chega nas imediações da área adversária.

Ao Cruzeiro o empate soava bom, mesmo na má fase do rival, que nem do Náutico ganhou no Pacaembu. E ficou ótimo com a virada do Bahia sobre o Botafogo, que dá sinais de queda, principalmente porque Seedorf começou a padecer com o calendário brasileiro e desapareceu.

A derrota botafoguense no Mineirão foi apenas o primeiro sinal de que o Brasileirão, para decidir quem será o campeão, estava resolvido.

O segundo o Maracanã e o Pacaembu deram ontem.

Porque se existe sorte de campeão, algo que o Cruzeiro teve ao ver Seedorf perder pênalti em Belo Horizonte, existem vitórias de campeão, como a sua por 3 a 0, e até empates de campeão, como o 0 a 0 em São Paulo.

Ah, sim, empatar com o líder, mesmo em casa, não é ruim. A menos que signifique completar a sexta partida sem vitória e com só um gol...

Existem, também, empates da salvação. Coisa que o São Paulo ia conquistando no Serra Dourada, mas que o ex-tricolor Rodrigo, a trave e as costas de Rogério Ceni, maldosamente, impediram. A situação, porém, já foi bem pior.

REAÇÃO

Não imagine a CBF que a pornográfica proposta de calendário para 2014, sem pré-temporada que se possa tratar como tal, ficará sem resposta.

O ronco das ruas ensinou mais do que a entidade é capaz de imaginar e uma forte reação de quem realmente interessa vem aí.

Assim, do dia para noite.


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