Espanha é campeã e louva Nadal

Infalível no saibro na Copa Davis, Rafael Nadal selou ontem mais um título da Espanha na mais importante competição entre países do tênis.

O número dois do mundo bateu Juan Martín del Potro (11º do ranking) por 1/6, 6/4, 6/1 e 7/6 (0) e marcou 3 a 1 no confronto com a Argentina.

Os europeus confirmaram o favoritismo de jogar em casa (no saibro de Sevilha) e contar com uma equipe mais forte para conquistar o quinto título na Copa Davis.

Nadal, 25, é um veterano na competição disputada desde 1900. Dos cinco títulos da Espanha (o primeiro foi em 2000), ele participou da campanha de quatro e jogou o confronto final de três.

Seu desempenho foi fundamental nesse período vitorioso -em 21 partidas de simples na Davis, Nadal perdeu apenas uma, na estreia.

Apesar disso, nunca tinha sentido o gostinho de marcar o ponto do título. Até ontem.

"Já havia conseguido pontos decisivos em outros confrontos, mas nunca em uma final, o que é muito especial", afirmou Nadal, após quatro horas e oito minutos de jogo.

Depois de passar sem dificuldade por Juan Monaco na partida de abertura do confronto, o espanhol foi surpreendido ontem pelo início fulminante de Del Potro.

Mas o espanhol se recuperou e venceu os dois sets seguintes. A quarta parcial acabou decidida no tie-break, vencido por Nadal sem ceder nenhum ponto ao rival.

"Foi uma vitória muito emocionante no final de um ano muito duro", afirmou Nadal à TV espanhola.

"Temos que ser muito gratos a todo povo da Espanha. Foi a melhor atmosfera que eu já experimentei em toda a minha carreira", completou Nadal, que já conquistou dez títulos de Grand Slam e a medalha olímpica de ouro.

Com a conquista, a Espanha se consolida como a principal força do tênis atual.

O país conta com três representantes no top 10.

Além de Nadal, David Ferrer (quinto) e Nicolas Almagro (décimo), que nem foi convocado para a final.

Ferrer também teve papel importante para a conquista. Ele foi o responsável pelo segundo ponto do país, ao vencer Del Potro na sexta-feira.

Aos argentinos, restou mais um vice-campeonato, o quarto em quatro finais.

"Às vezes, o rival é melhor e não há o que fazer", afirmou David Nalbandian, que, ao lado de Eduardo Schawnk, fez o único ponto dos argentinos.

"Eu e meus colegas devemos ficar felizes por termos feito um bom trabalho, não só agora, mas em toda a Copa Davis", disse Del Potro.