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Olimpíada pode estourar orçamento

LONDRES-2012
Aumento de gasto com segurança preocupa auditores

DE SÃO PAULO

Um dia após o governo do Reino Unido anunciar a injeção de 553 milhões de libras (R$ 1,54 bilhão) adicionais aos gastos com segurança dos Jogos de Londres-2012, o escritório de auditorias do país advertiu que há um grande risco de estouro no orçamento previsto para a realização da Olimpíada -9,3 bilhões de libras (R$ 26 bilhões).

Assim como o restante da Europa, o país passa por dificuldades econômicas. A previsão da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) é de que o país cresça economicamente só 0,5% em 2012.

"O governo está confiante de que há dinheiro disponível para atender os riscos conhecidos, mas, para mim, a probabilidade de que os Jogos ainda possam ser financiados dentro do 9,3 bilhão de libras é tão finamente equilibrada que há um real risco de que mais verba seja necessária", disse Amyas Morse, chefe do Escritório Nacional de Auditoria.

Morse alertou que os custos adicionais com segurança praticamente esgotarão a dotação orçamentária do governo prevista para os Jogos.

Segundo ele, haveria apenas 36 milhões de libras (R$ 100 milhões) para possíveis contingências, o que representa uma margem muito pequena de folga orçamentária quando ainda restam oito meses para o início dos Jogos.

Anteontem, o secretário de Estado para os Jogos Olímpicos, Hugh Robertson, anunciou que dobraria a verba para segurança após a empresa responsável pelo setor solicitar o aumento do número de policiais de 10 mil para 23 mil.

A maior preocupação dos organizadores da Olimpíada é com o terrorismo.

Robertson comunicou também ontem que dobraria o orçamento destinado às cerimônias de abertura e encerramento. Com o incremento de 41 milhões de libras (R$ 115 milhões), o gasto com as cerimônias chegam perto do que foi despendido com a abertura de Pequim-2008.

Segundo o jornal "The Telegraph", foi o primeiro-ministro David Cameron quem autorizou a liberação da verba adicional. O objetivo seria evitar que as cerimônias parecessem modestas demais.

"Temos que aproveitar este grande momento cerimonial e econômico para beneficiar a economia e o turismo no longo prazo", justificou o secretário da Olimpíada.

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