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Mais meninos

Com média de 25,5 anos, Santos que busca o tri é mais jovem do que suas equipes campeãs em 1962 e 1963

Ricardo Nogueira/Folhapress
Neymar e Elano na escala do time do Santos em Frankfurt, na Alemanha
Neymar e Elano na escala do time do Santos em Frankfurt, na Alemanha

LEONARDO LOURENÇO
RODRIGO BUENO
ENVIADOS ESPECIAIS A FRANKFURT

Nunca em um Mundial os meninos foram tão meninos.

O Santos que vai iniciar a busca pela terceira estrela em sua camisa a partir do dia 14 é mais jovem do que as equipes que venceram os campeonatos de 1962 e 1963.

A média de idade do time comandado por Muricy Ramalho é de 25,5 anos, contra 26 (62) e 26,5 (63) das equipes de Lula que venceram Benfica e Milan na competição.

Hoje, em Toyota, Auckland City, da Nova Zelândia, e Kashiwa Reysol, campeão japonês, dão o pontapé inicial da competição. O vencedor enfrentará o mexicano Monterrey nas quartas de final.

Desse duelo sairá o adversário santista na semifinal, dia 14, também em Toyota.

O símbolo da precocidade deste Santos atual é Neymar, o atleta mais novo entre os titulares, com 19 anos -assim como Coutinho, em 1962.

Os garotos de Muricy estão espalhados por todos os setores do time. No gol, fica Rafael (21 anos), na lateral direita, Danilo (20), e, no meio, Paulo Henrique Ganso (22) enverga a camisa 10.

Não à toa, o mote das celebrações do centenário santista -"cem anos, meninos para sempre"-, que será completado em abril, exalta a facilidade que o Santos tem em formar grandes times com jovens formados em sua base.

Mas há um dedo de Muricy nisso. Ao barrar o lateral esquerdo Léo, improvisar Durval no setor e promover Bruno Rodrigo a titular na zaga, o treinador diminuiu a média de idade em quase um ano.

Com o veterano ala e seus 36 anos, a média da equipe subiria para 26,4. Ainda assim, é menor do que a dos dois últimos times brasileiros que venceram a competição.

Em 2005 e 2006, em torneios também disputados no Japão, São Paulo e Internacional desfilaram experiência para suportar a pressão de Liverpool e Barcelona.

Tornaram-se os times brasileiros campeões mundiais com maior média de idade -em ambos, de 27,8 anos.

Ao quebrar essa fórmula de sucesso recente, Muricy reaproxima seu time da tradição santista. Mas a pequena diferença de idade entre sua equipe e os campeões da geração de Pelé esconde uma distância imensa de experiência dos dois elencos do Santos.

Os grupos de 1962 e 1963 somavam sete atletas que jogaram e venceram a Copa do Mundo com a seleção.

Os comandados de Muricy carecem de tal experiência. Apenas Elano esteve numa partida de Copa, em 2010.

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