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Pouco caso

Depois de conquistar fama mundial na era Pelé, Santos goza de pouca popularidade em sua chegada
ao Japão, país onde nunca teve grande destaque

Kim Kyung-Hoon/Reuters
Gol de Kudo, o segundo do Kashiwa no jogo de abertura do Mundial de Clubes
Gol de Kudo, o segundo do Kashiwa no jogo de abertura do Mundial de Clubes

LEONARDO LOURENÇO
ENVIADO ESPECIAL A NAGOYA
RODRIGO BUENO
enviado especial a toyota

O Santos gozou durante muito tempo a fama de ser o clube brasileiro mais conhecido e mais bem-sucedido no exterior, mas o Japão não é um lugar apropriado para justificar essa fama.

No auge das excursões santistas, notadamente na era Pelé, a rota apontava mais para países da Europa, do resto da América e até da África. São nesses continentes que foram escritas as mais memoráveis façanhas do clube.

No Japão, o Santos tem poucos jogos de destaque, os principais na conquista da Copa Kirim em 1985, ano em que o Japão ainda nem contava com a sua J-League, a liga profissional do país.

Desde que o Mundial passou a ser jogado ali, o Santos não havia chegado à disputa. É um caso incomum de time brasileiro que foi campeão mundial jogando em dois continentes, nunca na Ásia -só o Corinthians, campeão no Brasil em 2000, também não ergueu a taça no Japão.

Ontem, foi possível perceber que o Santos não goza de tanta popularidade no país do Mundial. No hotel em Nagoya, poucos torcedores apareceram para apoiar o time.

Em compensação, havia dezenas de garotas esperando para tirar fotos e tentar um autógrafo dos integrantes da banda de rock Aerosmith, que está no mesmo hotel dos campeões da Libertadores.

Um raro torcedor que foi ao hotel ver o Santos foi o japonês Takeuchi Hidetoshi, 60. Cadeirante, ele usava uma camisa da seleção brasileira, mas exibia com orgulho uma camisa do Santos que ganhou, com autógrafos de vários jogadores santistas.

Nas cercanias do estádio Toyota, as camisas dos clubes europeus dominam o cenário. Há algumas camisas de número 11 do Santos, a maioria de Neymar, mas há espaço para a de Kazu, japonês que jogou no clube litorâneo na década de 80.

A lendária camisa 10 de Pelé pouco aparece. A 11 de Neymar sai por US$ 40 (cerca de R$ 70) em tendas nas ruas e por aproximadamente US$ 185 (equivalente a R$ 330) na loja oficial do evento, que vende produtos diversos.

Clubes como Corinthians e São Paulo têm grande número de torcedores no Japão. Há filiais de organizadas, como a Gaviões da Fiel (corintiana) e a Independente (são-paulina), que se organizam para eventos esportivos no país.

No site da Torcida Jovem, do Santos, não consta haver uma subsede no Japão.

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