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Juca Kfouri

O título adiado

Parabéns, Palmeiras!, seria o título da coluna que o adiamento do título do Verdão acabou por impedir

PARABÉNS POR QUÊ? perguntaria o exigente torcedor do Palmeiras e os dos demais clubes grandes do país.

Desde quando ganhar a Série B é motivo de festa ou de elogios? O Palmeiras não fez nada mais que cumprir com sua obrigação e olhe lá, porque ainda demorou ao desperdiçar a chance anteontem no Mangueirão contra um Paysandu na zona da degola.

Vá cumprimentar mestre Clóvis Rossi, por exemplo. Ouvirá um pito e a previsão de que, em 2015, o Palmeiras será tricampeão da segunda divisão.

Bem sei que, em tese, cumprir com a obrigação não merece festa em qualquer parte do mundo. Menos no Brasil, talvez. Um professor que não falta às aulas, convenhamos, enquadra-se nisso. E um político honesto? Ora, merece efusivos parabéns por ser exemplar, por mostrar à maioria que é possível.

Não serei demagógico a ponto de dizer que quando aconteceu com o meu time, e com maior antecedência, sai festejando por aí --ou por aqui.

Mas, então, às vésperas do título, escrevi: "Nós, corintianos, portanto, podemos e até devemos festejar a conquista que se aproxima inexoravelmente. Mas com os pés no chão e os olhos voltados para 2010, quando o mínimo que queremos, e podemos, é comemorar o bicampeonato mundial de clubes da Fifa."

Demorou ainda mais um pouco, mas o bi veio em 2012, depois do título brasileiro de 2011 e de um 2010 --o 2014 do Palmeiras, porque o do centenário--, sem glórias, mas sem humilhações e, ao contrário, com uma festança para mais de 100 mil torcedores no Vale do Anhangabaú, daquelas façanhas que revelam a força dos vínculos.

É disso que o Palmeiras precisa tratar a partir deste sábado, quando certamente o título virá no Pacaembu, diante de sua gente.

Uma gente justamente orgulhosa de seu passado, mas que não deve vaiar o presente para não prejudicar o futuro.

Uma coisa é ser crítico, é alertar, outra é, quando se trata dos assuntos da paixão, pisotear o amado.

O palmeirense terá sim motivo de festejar o fim de um período duro e do qual o time saiu-se razoavelmente bem.

Sair-se razoavelmente bem, no caso, é até melhor do que se sair muito bem na Série B, que poderia mascarar o óbvio: para derrubar o vaticínio de Rossi será preciso montar um elenco muito superior ao atual.

Então, é isso. Festejar no fim de semana e tratar de 2014 já na segunda, outra vez de primeira.

ABSURDO

Os números do Cruzeiro são tão relevantes que são irrelevantes. Basta olhar para ver na beleza de seu jogo e o tamanho de sua superioridade.

Porque, se não, seria mesmo como dizem os que não acreditam na estatística com o mesmo fervor dos que acreditam tanto nela: se fosse verdade que onde come um comem dois, onde não come nenhum comeria um...


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