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Paulo Vinícius Coelho

O craque e a Copa

Não é comum a seleção onde joga o melhor do mundo não ser favorita do Mundial; só aconteceu com Portugal

Portugal tem mais motivos para reclamar do sorteio dos grupos da Copa do Mundo do que o Brasil. Caiu contra a Alemanha e não é favorita nem sequer para ser a campeã de sua chave. Não é comum a seleção onde joga o melhor jogador do mundo não ser favorita do Mundial. Até hoje, só aconteceu com Portugal.

Em 2001, Luis Figo foi eleito pela Fifa. No ano seguinte, Portugal foi eliminado na primeira fase, por Coreia do Sul e Estados Unidos.

Cristiano Ronaldo não é melhor do que Messi. Mas está. É quase certo que será eleito o melhor do planeta em janeiro. Mas isso não faz dos portugueses favoritos. Nem de seu grupo.

O maior craque do planeta não combina com Copa do Mundo no século 21. Figo e Zidane foram péssimos em 2002, Ronaldinho Gaúcho foi mal em 2006, Messi não jogou o que podia em 2010. Coincide com as temporadas que castigam mais desde 1998. Mesmo na Europa, joga-se mais vezes e mais intensamente do que no passado.

Mesmo em 1998, os italianos da Juventus acusaram Zidane de ter se poupado durante a temporada para arrebentar na Copa do Mundo. Nem uma coisa nem outra. Com Zidane à meia carga, a Juventus foi campeã italiana e vice-campeã da Champions League. Na Copa, atuou em bom nível, mas brilhou mesmo na decisão contra o Brasil.

Cristiano Ronaldo está jogando tão bem e tão forte que é fácil imaginá-lo esgotado no início de junho, quando estrear contra os alemães, na Bahia, às 13h.

O Brasil de Ronaldo e de Ronaldinho Gaúcho, a Argentina de Messi, a Itália de Roberto Baggio... Todos eram favoritos quando tinham o melhor jogador do planeta. Você acredita em Portugal campeão do mundo?

O MERCADO

O Santos ofereceu R$ 500 mil de salário ao meia Diego. Ele recusou. Pediu R$ 700 mil livres de impostos para voltar ao Santos. Leandro Damião poderia jogar na Vila Belmiro se o Santos pagasse R$ 14 milhões ao Inter. A oferta de R$ 12 milhões não agradou.

O mercado está louco.

O Palmeiras não tem dinheiro e aposta nos prêmios por bons resultados para que Elano e Lúcio joguem o que jogavam em 2010. Não está tão disposto a fazer esforço por Bruno César, que foi seu jogador nas divisões de base. O futebol de 2013 dos dois não permite nenhum tipo de investimento.

O São Paulo só tem dois reforços. Roger Carvalho foi um zagueiro estupendo no Figueirense de 2011. Não jogou bem nem no Genoa nem no Bologna, entre 2012 e 2013.

A melhor maneira de montar um time competitivo para o ano que vem é descobrir o talento onde ele está, não onde esteve. Nesse caso, vale o investimento, mas não deixa de ser uma aposta.

Os primeiros passos de Santos, São Paulo e Palmeiras parecem indicar o caminho inverso.


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