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Lúcio Ribeiro

País do futebol (mesmo)

Algo mudou para melhor. Super-Brasileirão 2012: o que acontece no Brasil, fica no Brasil

A coluna da semana passada, intitulada "Super-Brasileirão 2012", jogava uma luz sobre o novo estado de coisas do futebol nacional. Empolgado com o final do Brasileirão 2011 e esperançoso com o desenho atual do mercado mundial da bola, na parte em que nos afeta, o texto se mostrava confiante de que o torneio do ano que vem tem tudo para ser mais espetacular que o deste ano.

Tudo porque o Brasil, que sempre se achou o país do futebol, começa de fato a justificar o apelido. Não só "para gringo ver".

A questão é interna. Acidentalmente ou não, a casa começa a ser arrumada, e a autoestima, restaurada. O complexo de vira-lata, que se abatia toda vez que um clube europeu, árabe ou russo chegava para levar daqui jogadores consagrados ou promissores, parece estar virando coisa do passado.

De novo: com o novo mapa-múndi econômico tomando outras formas, a futura realização de um Mundial no nosso quintal, o consequente boom de novos e modernos estádios, a renegociação do dinheiro da TV por parte dos clubes e, principalmente, o resgate de bons jogadores brasileiros no exterior, o Campeonato Nacional promete ser mais espetacular em 2012 do que o foi em 2011.

Repare em mais dois visíveis sinais de que algo mudou, para melhor. Primeiro que, desde os tempos do futebol romântico, era difícil um time brasileiro tirar de outro do mesmo nível um jogador importante e caro. Um Rivellino sair do Corinthians para ir jogar no Fluminense, um Tostão deixar o Cruzeiro pelo Vasco, há muito era um negócio inimaginável. Guardada as proporções, a nova ordem do futebol nacional resgata essa época em que um bom jogador não necessariamente vai para o exterior. O Grêmio arrancou o Kleber do Palmeiras. O Inter tirou o Dagoberto do São Paulo. O Corinthians está na briga por Montillo.

E a seleção, sempre feita com os milionários craques que jogam na Europa? Agora parece ela estar aqui mesmo. Neymar e Ganso dificilmente não são titulares. Você conhece melhor atacante lá fora do que Leandro Damião? Arrisca-se a dizer que Dedé não merece estar na zaga? Sobre os volantes, o "local" Ralf, do Corinthians, deve alguma coisa ao internacional Lucas, do Liverpool?

A última pergunta, voltando ao Brasileirão 2012, aumentando a lista iniciada na coluna passada: você não acha que está na hora de Nilmar (Villarreal), André Dias (Lazio), Jonathan (Inter de Milão), Taison (Metalist, Ucrânia), Diego Tardelli (Anzhi, da Rússia), Alex (Chelsea), Alex (no turco Fenerbahçe), Ricardo Oliveira (Al Jazira), voltarem?

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