Folha de S.Paulo

Corinthians e Santos fazem clássico anticrise

Corinthians e Santos disputam hoje na Vila Belmiro o primeiro clássico do Paulista após menos de 25 dias de treinos e três jogos disputados.

Ambos estão com os times em fase de ajustes, com os jogadores distantes da forma física ideal e com os seus principais astros apagados ou sem condições de jogar.

Tanto Mano Menezes, o técnico do Corinthians, quanto Oswaldo de Oliveira, o treinador do Santos, concordam que o momento não é o ideal para o clássico acontecer.

Mas eles reconhecem que, uma vez que o resultado terá impacto na sequência de seus times no torneio e no comportamento da torcida, não há como não priorizar o duelo.

"A fase ainda é de preparação. Mas jogar com o Corinthians não é teste. É alta competição. São jogos que precisamos vencer para evoluir", disse Oswaldo de Oliveira.

"Mesmo no início da temporada, perder é ruim. E vamos com um objetivo, mas o Santos tem o mesmo objetivo", avaliou Mano Menezes.

A equipe corintiana, que venceu dois jogos, vem de derrota para o São Bernardo, no Pacaembu, e tenta administrar o desgaste de Pato com a torcida alvinegra.

O atacante é a principal estrela do elenco. Ficou no banco nos dois primeiros jogos, mas foi titular na última rodada, quando saiu vaiado.

Hoje, ele deve ficar no banco. Romarinho e Guerrero voltam a ser titulares, assim como a base da formação que venceu os dois jogos iniciais.

Já o Santos triunfou em duas partidas e empatou outra, porém, não vive ares tranquilos neste início de ano. Seus dois principais jogadores estão fora: o atacante Leandro Damião, por causa do impasse com o Internacional-RS no pagamento da sua contratação, e o meia Montillo, negociado com o chinês Shandong Luneng.

O ataque da equipe ainda pode ter Jorge Eduardo, do time sub-20, que foi titular no treino de ontem no lugar de Geuvânio, com lombalgia.

E o clube ainda administra uma crise entre Oswaldo de Oliveira e a torcida santista.

Após mostrar uma "banana" aos torcedores críticos no empate (1 a 1) com o Audax, ele mostrou o dedo médio a outro grupo na vitória sobre o Ituano (1 a 0), no domingo. Hoje, deve ser cobrado.