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Temor

Com golaços, Santos avança à final do Mundial, mas expõe a fragilidade de sua defesa

LEONARDO LOURENÇO
RODRIGO BUENO
ENVIADOS ESPECIAIS A TOYOTA

Santos 3
Neymar, aos 19min e Borges, aos 23min do 1º tempo; Danilo, aos 18min do 2º tempo

Kashiwa Reysol 1
Sakai, aos 9min do 2º tempo

A geração de Neymar fez o Santos voltar a disputar uma partida de Mundial após 48 anos e honrou as tradições goleadoras da equipe bicampeã em 1962 e em 1963.

Contra o Kashiwa Reysol, em Toyota, a equipe de Muricy Ramalho fez 3 a 1 e se classificou à final do torneio, em busca do tricampeonato e da coroação de uma safra.

Mas, se fez três belos gols, também demonstrou a fragilidade de sua defesa, escancarada com a improvisação do zagueiro Durval na lateral.

Por ali, o time japonês chegou várias vezes ao gol santista e, por pouco, não complicou a partida no final.

Hoje, o alvinegro conhecerá o rival na decisão. Barcelona e Al Sadd, do Qatar, enfrentam-se em Yokohama, palco da final no domingo.

Como nas edições que venceu da antiga Taça Intercontinental, que reunia apenas os campeões europeus e sul-americanos, o Santos manteve sua média de três gols por partida na competição.

Nos cinco jogos anteriores, em duelos contra Benfica (62) e Milan (63), o Santos fizera 15 gols. Ontem, o time abriu placar de forma memorável.

Neymar já havia acertado a trave ao aproveitar uma falha da zaga japonesa pouco antes. Aos 19min, recebeu passe de Paulo Henrique Ganso no bico direito da área.

Ameaçou bater, mas deu um drible desconcertante em Otani. Ajeitou para o pé esquerdo e acertou o ângulo.

Passaram-se quatro minutos até Borges mandar a bola no ângulo de Sugeno.

O 2 a 0 em menos de 25min fazia jus à intensidade do Santos. O resultado, porém, fez o time desacelerar. A partir daí, o rival se soltou.

No início da etapa final, o meia brasileiro Jorge Wagner cobrou escanteio. Sakai subiu mais do que Henrique, cabeceou e diminuiu.

A reação do Kashiwa foi estancada por uma cobrança de falta milimétrica de Danilo.

Com o 3 a 1, o Santos relaxou. E viu o clube japonês dominar as ações em campo.

Neymar parecia desgastado. Ganso articulava o meio-campo, mas não era decisivo.

Aí o Kashiwa usou o buraco na ala esquerda santista.

Por duas vezes teve a chance de marcar, ambas com Sawa. Na primeira, o atacante acertou a trave. Na segunda, perdeu um gol injustificável.

"Fomos competentes. O Reysol não soube finalizar", sentenciou Muricy Ramalho.

Os números mostram o quanto o Santos foi competente. O Kashiwa, campeão japonês que só joga por ser do país-sede, teve nove escanteios contra um do Santos. Ficou com 52% da posse de bola e finalizou 14 vezes contra oito chutes santistas.

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