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Torero, no Japão

O Barça de hoje é o Benfica de ontem. E também perderá

JOSÉ ROBERTO TORERO
COLUNISTA DA FOLHA

Ontem, quando eu cheguei ao hotel, eu liguei para o meu avô com o Skype (ele é velho mas sabe usar). Então, quando ele atendeu, a gente conversou assim:

- Oi, vô, tudo bom? Aqui está o maior legal. A gente acabou de voltar do restaurante. Sabe quem estava lá?

- Quem, Lelê?

- O Puyol, do Barcelona. Ele é bem feio mesmo, que nem no Playstation.

- Ele estava no restaurante a essa hora? Que bom! Depois não vai saber por que levou um baile do Neymar.

- O legal foi que, quando a gente passou pelo Puyol, o tio Torero e uns amigos cantaram "Vamos ser tri, Santos!, Vamos ser tri, Santos!". E o Puyol fez a maior cara feia.

- Puxa, que inveja! Sabe que na primeira vez que o Santos foi campeão mundial, eu e meu pai quase viajamos para Portugal para ver a final contra o Benfica? Mas faltou dinheiro. E tem muitas coincidências entre aquele jogo e esse. O Benfica era o maior inimigo do Real Madrid, como o Barcelona é hoje.

- Poxa!

- O Santos e o Benfica tinham os dois melhores do mundo, o Pelé e o Eusébio. E hoje muita gente diz que são o Neymar e o Messi.

- Uau!

- Em 62, o Santos também ganhou a Libertadores em cima do Peñarol. E, daquela vez usou um zagueiro de lateral, o Olavo, que nem o Durval.

- Quanta coincidência! E quanto foi aquele jogo?

- 5 a 2.

- Será que esse também vai ser?, eu perguntei. Mas aí caiu a ligação.

-

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