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Blatter esquece ISL e detona Copa-2014

FIFA
Dirigente defende que casos de corrupção fiquem no passado e volta a usar mídia para criticar o Brasil

DE SÃO PAULO

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, e o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, bateram pesado ontem na preparação do Brasil para a Copa do Mundo de 2014.

"A Fifa está preocupada", afirmou Blatter em Tóquio, após reunião do Comitê-Executivo da entidade.

O cartola disse ter recebido boas informações sobre o ritmo de construção dos estádios, mas não de obras de infraestrutura e transporte.

Valcke, que já fez outras vezes esse tipo de crítica, declarou no Japão: "Claramente o Brasil não está num estágio muito avançado".

O secretário-geral da entidade já havia afirmado que "o trânsito de São Paulo é um pesadelo", que "viajar no Brasil não é fácil" e que "sair do aeroporto leva meio dia".

Na reunião do Comitê-Executivo realizada no Japão por causa do Mundial de Clubes, os dirigentes da Fifa deixaram de lado os recentes casos de corrupção da entidade.

Havia a expectativa, criada pelo próprio Blatter, de que os "papéis da ISL" fossem revelados no Japão, o que acabou não ocorrendo. Os documentos tratam da falência da ISL, ex-parceira de marketing da Fifa, e mostram que cartolas receberam US$ 100 milhões em subornos.

Blatter voltou a dizer ontem que "medidas judiciais tomadas por uma das partes" impediram que os papéis fossem tornados públicos.

A abertura dos documentos poderia implicar Ricardo Teixeira, presidente da CBF e do COL, e João Havelange, ex-presidente da Fifa.

Os dirigentes brasileiros acreditam que Blatter recuou por medo de represálias.

Ontem, no Japão, o presidente da Fifa pediu que os outros casos de corrupção que atingiram a entidade neste ano "sejam esquecidos".

"Temos que enfrentar as coisas com otimismo", declarou Blatter. "Não podemos ficar olhando para o passado e nos lamentando."

O cartola admitiu que o maior erro cometido neste ano foi decidir, de forma conjunta, onde seriam os Mundiais de 2018 e 2022 -pleitos vencidos por Rússia e Qatar. "Mas isso ficou no passado."

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