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Tostão

Explicar e compreender

O futebol, sem uma boa teoria, tende à mediocridade; uma boa teoria, sem uma prática, é um desperdício

Nesta semana, vi muitos jogos bons e ruins, pela Copa do Brasil, pela Libertadores e pela Liga dos Campeões da Europa. Há comentaristas que acham todos os bons jogos e todos os bons jogadores maravilhosos, geniais, extraordinários. Há também o contrário, que todos são medíocres. Procuro não ser tão otimista nem tão pessimista.

Queria ver Ganso e Pato juntos, contra o CSA, de Alagoas. Nesta formação tática, com Pato pelo centro e próximo de Luis Fabiano, Pabon e Osvaldo pelos lados, além de dois volantes, não há lugar para Ganso, pois ele não é um volante nem um armador pelos lados.

Muricy não deve estar dormindo para tentar arrumar lugares para Pato, Ganso e Luis Fabiano. Se não conseguir, vai ficar nervoso. Os repórteres que se preparem para as entrevistas.

Às vezes, as coisas acontecem de estalo, de surpresa, sem planejar. Aí, cria-se uma teoria, até ser desmentida. Teorias explicam tudo, mas só são compreendidas na prática.

Na Libertadores, Grêmio e Newell's Old Boys, dois fortes candidatos ao título, fizeram um jogo de boa técnica, com organização tática, porém, excessivamente previsível. O Grêmio voltava todo para marcar, mas pouco chegava à frente. Barcos ficou isolado. Não vi a tradicional marcação por pressão, o abafa, característica do Grêmio, quando joga em Porto Alegre. O time argentino, com Banega e Maxi Rodríguez, reservas da seleção, tocou muito bem a bola, mas ameaçou pouco.

Na Liga dos Campeões da Europa, o Barcelona, mesmo sem brilhar intensamente, foi melhor, contra o forte Manchester City. O time catalão perdeu a marcação por pressão, uma grande qualidade da época de Guardiola.

Diego Costa, depois de muitas caneladas na estreia pela seleção da Espanha, brilhou na vitória do Atlético de Madri sobre o Milan. Há duas teorias sobre o futuro de Diego Costa na seleção. Uma é que o time troca muitos passes e só enfrenta defesas fechadas, sem espaço nas costas dos defensores, para o veloz jogador receber a bola na frente. Outra é que, com Diego Costa, ótimo nas jogadas aéreas e nas penetrações, a Espanha vai dar um salto de qualidade. Veremos!

Isso me lembra a Copa de 1970. No início, Zagallo achava que a seleção precisava de um atacante alto, forte, para receber a bola dos grandes craques que vinham de trás e finalizar. Por isso, convocou Dario e Roberto. Depois, mudou de ideia. Fui um centroavante armador, um pivô, que tentava facilitar e trocar passes com Pelé, Gerson, Rivellino e Jairzinho.

Mas se Roberto tivesse entrado em meu lugar, antes de sair o gol contra a Inglaterra --ele entrou logo depois--, poderia ter feito o gol da vitória, continuado no time e sido titular da seleção campeã do mundo. Aí, Zagallo, como qualquer outro técnico, diria: "Não falei?".


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