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Itaquerão recebe o primeiro treino sob aplauso dos operários

CORINTHIANS Gramado tem padrão europeu, mas ainda faltam arremates em assentos e coberturas

DE SÃO PAULO

Por volta das 9h de ontem, o estádio Itaquerão foi cenário, pela primeira vez, de uma cena que o torcedor alvinegro aguarda há mais de cem anos.

Do túnel da arquibancada oeste, o time do Corinthians entrou pela primeira vez no gramado de um estádio de grande porte que pertencesse ao clube. Ouvia-se o hino do Corinthians.

Não era uma partida oficial. A camisa usada não era o tradicional manto alvinegro. Os jogadores estavam com um uniforme de treino, na cor azul. Mas o fato é que o time pisava, pela primeira vez, em seu gramado de padrão europeu: liso e baixo como um carpete.

"A bola vai correr muito. Vamos ter de treinar bastante aqui para acostumar", disse o volante Ralf.

"A torcida vai ficar bem perto. É bom a gente ganhar as partidas, porque ficou facinho de invadir. Não tem nem alambrado aqui", brincou Romarinho.

O público também era diferente. Nas arquibancadas, cerca de 200 operários, muitos com camisas do clube, acompanhavam atentamente o treino.

O estádio não está finalizado. O cheiro de cimento molhado ainda pode ser sentido em alguns lugares. Assentos e coberturas ainda precisam de retoques finais.

Os camarotes mais luxuosos ainda tem ferro retorcido nas paredes. Os assentos acolchoados, envolvidos em plástico, também não podiam ser utilizados ontem.

Mas o estádio estava ali, com aproximadamente 97% de conclusão, segundo dados do Corinthians.

A pouco menos de três meses da abertura da Copa, o local que vai sediar a disputa inicial do torneio e que deverá ser entregue à Fifa em 15 de maio já tem cara e som de estádio.

O 1º GRITO DE GOL

Apesar do baixo público, os gritos dos torcedores operários ecoavam forte na arena. E o primeiro grito de gol, ainda que em um treino recreativo, na baliza improvisada com cones, foi proporcionado pelo reserva Guilherme Andrade.

Do lado de fora, os torcedores barrados na porta se faziam ouvir, informando que ali estava um bando de loucos. Do lado de dentro, os loucos que ajudaram a construir o estádio pediam autógrafos em seus coletes, capacetes e luvas.

No campo, a equipe que se preparava para enfrentar a Penapolense amanhã, em jogo decisivo do Paulista (leia na pág. D5), era secundária.

A estrela da manhã era a nova casa do time.

Patrono do estádio desde a ideia inicial de sua construção, Andrés Sanchez, suado e avermelhado devido ao sol forte em São Paulo, andava sem parar, monitorando cada detalhe.

Já o atual presidente do clube, Mário Gobbi, não esteve presente no local.


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