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Policiais da Argentina atuarão em Porto Alegre, Brasília e na fronteira

COPA
Além desses pontos, grupo do país vizinho acompanhará a seleção de Messi

FILIPE COUTINHO DE BRASÍLIA

O governo brasileiro prepara uma parceria com a Argentina para controlar os barras-bravas (torcedores organizados violentos do país vizinho) durante a Copa.

O plano de segurança prevê a presença de policiais argentinos em Porto Alegre, onde devem fazer a interlocução entre as forças de seguranças e os torcedores, e Brasília, onde ficarão no centro de comando nacional para a segurança da Copa.

Haverá ainda um grupo de policiais argentinos para acompanhar a seleção de Messi. Eles estarão uniformizados, mas sem armas, e atuarão sempre acompanhados de agentes brasileiros.

Outro ponto definido foi uma operação conjunta de controle na fronteira dos dois países para barrar os torcedores em situação irregular --com condenações na Justiça ou outro impedimento para sair da Argentina.

O governo brasileiro já pediu ao país vizinho uma lista de torcedores com antecedentes criminais e problemas em estádios. A polícia brasileira ainda vai monitorar a presença de grupos organizados nos estádios e arredores, para evitar aglomerações.

Chefe da secretaria de Grandes Eventos do Ministério da Justiça, o delegado Andrei Rodrigues destaca que o plano de segurança é feito em parceria entre diversas forças de segurança dos Estados, governo federal e demais países participantes do torneio.

Segundo Rodrigues, os barras-bravas não são o único foco da segurança. "Aqueles que não respeitarem a legislação brasileira sofrerão as consequências."

O acordo entre Brasil e Argentina foi selado há duas semanas. Embora o governo planeje ações semelhantes para eventuais torcedores violentos de outros países, como da Inglaterra, a operação com os argentinos se tornou prioridade após o sorteio da Copa, em 6 de dezembro.

Porto Alegre receberá o principal jogo da Argentina na primeira fase de seu grupo, perante a Nigéria.

Para a Copa, são esperados 40 mil argentinos. Na partida contra a Nigéria, por exemplo, a taxa de estrangeiros com ingresso é de quase 30%, o dobro da média da Copa.

A ONG HUA (Hinchadas Unidas Argentinas), que reúne 38 torcidas organizadas do país, prepara-se para desembarcar com 650 torcedores no Brasil para o Mundial.

De acordo com jornais argentinos, nenhum desses torcedores tem ingressos para os jogos da seleção.

Por isso, um dos focos da segurança será a Fan Fest, festa promovida pela Fifa para reunir milhares de fãs que não têm entradas para os jogos da competição. O evento acontecerá a dois quilômetros do estádio Beira-Rio.

A HUA já acionou a Justiça argentina para que não enviem a ficha dos torcedores ao governo brasileiro.

Na Copa de 2010, na África do Sul, 18 membros da HUA foram presos --e deportados.


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