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Prancheta do PVC

PAULO VINÍCIUS COELHO

Justo!

O Ituano tem um bom time. Não é mais do que isso. É coeso, unido, mas não tem craques

O melhor time do campeonato não foi o melhor time das finais. A vitória por 1 x 0 refletiu a superioridade do Santos no último jogo, mas o resumo dos dois últimos domingos indicou justiça na decisão por pênaltis. Não é injusta, portanto, a conquista do Ituano.

A primeira decisão de Campeonato Paulista dos 11 metros desde 1975, quando o São Paulo venceu a Portuguesa. A primeira do Santos desde 1973, quando "empatou" com a Portuguesa.

Já houve decisões mais nobres.

Oswaldo de Oliveira acertou na escalação de Alison. Reforçou a marcação a Cristian e isso aumentou a posse de bola do Santos. Faltou velocidade a Thiago Ribeiro, criatividade a Geuvânio e mesmo a Cícero, o melhor jogador do campeonato, muito mais discreto do que no resto da campanha.

O Ituano tem um bom time. Não é mais do que isso. É coeso, unido, mas não tem craques. Dez anos atrás, Marcinho era um dos bons jogadores do São Caetano, que tinha Euller, Gilberto, Mineiro, Marcelo Mattos. Aquele Azulão era melhor do que este Ituano. Marcinho é agora o único jogador campeão duas vezes por equipes do interior.

Mas o time de Doriva venceu o Paulistão por méritos. Não ganhou do São Paulo por entrega da equipe de Muricy Ramalho. Não ganhou do Palmeiras por vacilo do time de Gílson Kleina. Ganhou pela sua defesa, cujo destaque é um menino da Vila, Anderson Salles, que quase entregou a taça a seu antigo clube ao desperdiçar o primeiro pênalti da disputa final.

Nos primeiros 17 jogos, o Santos foi bem melhor do que o Ituano. Somou 42 pontos, onze a mais do que o time de Juninho Paulista e Doriva. Nos 90 minutos de ontem, o Santos foi melhor, mas mereceu ganhar por 1 x 0. Só! Isso torna justo o título para o interior pela quinta vez. Mesmo que a fórmula de disputa do campeonato seja, em parte, responsável por isso.

FALTOU O GOL

A decisão em Minas Gerais teve o Cruzeiro um pouco melhor do que o Atlético ontem. Mas o Galo foi melhor no Independência, onde poderia ter matado a decisão, para repetir o que aconteceu no ano passado. Não fez. Também poderia ter definido a finalíssima o meia Everton Ribeiro ao chegar frente a frente com o goleiro Victor no primeiro tempo.

O Cruzeiro recuperou-se de seu pior momento da temporada e está no caminho de avançar na Copa Libertadores. Dos três brasileiros classificados, é quem tem o rival mais tranqüilo, em teoria. A final em Minas Gerais não foi brilhante, bem longe disso. Mas dá esperança de que a confiança devolva ao Cruzeiro o melhor futebol que já jogou, aquele do Brasileirão do ano passado. O Atlético não conquista o tricampeonato desde que ganhou o hexa, em 1983.

MAIOR SURPRESA

Foi a maneira como o Inter atropelou o Grêmio. Um aspecto pode ser o fato de os gremistas terem entrado em campo na quinta. O Grêmio é o brasileiro mais forte na Libertadores e a derrota em Caxias não deve tirar essa certeza. No Rio Grande, a Libertadores interferiu no resultado do campeonato.

UM PECADO

O Vasco jogou ótima partida contra o Flamengo, fez 1 x 0 e estava a um minuto de sair da fila de 11 anos. Também de acabar com o jejum de 26 anos sem vencer uma decisão contra o maior rival. Pecado para a equipe de Adílson Batista o gol de Márcio Araújo. Gol que dá o título e impede crise na Gávea.


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