Folha de S.Paulo

Real fica com título, e Barça vive pior fase da era Messi

DE SÃO PAULO

Da última vez em que o Barcelona havia perdido três partidas consecutivas, o time tinha Riquelme, Saviola, e Frank de Boer. E Messi era só um adolescente da base.

Após 11 anos, a equipe catalã igualou sua pior sequência de resultados no século 21, estabelecida em janeiro de 2003. A derrota por 2 a 1 no clássico contra o Real Madrid deu o título da Copa do Rei ao rival e afundou os catalães.

As quedas ante Atlético de Madri, Granada e Real, em uma semana, não foram apenas três derrotas. Foram três grandes baques ao trabalho do técnico Tata Martino.

A primeira tirou a equipe da Liga dos Campeões nas quartas de final, sua campanha mais pobre em sete temporadas. A segunda a deixou a quatro pontos do líder do Espanhol, o Atlético de Madri. E a de ontem acabou com a maior chance de título.

Se não reverter a situação nas cinco rodadas finais de sua liga nacional, o Barcelona terá sua pior temporada em títulos desde 2008, quando passou em branco. Desta vez, celebrou a quase esquecida Supercopa da Espanha.

Pouco para a sobrevivência de Martino. Sua demissão ao fim da temporada de estreia já é dada como certa pela imprensa catalã. O "Sport", inclusive, já anunciou o substituto: o alemão Jürgen Klopp, do Borussia Dortmund.

E menos ainda para a recuperação de Messi. O argentino, que estreou no profissional em novembro de 2003 e nunca havia perdido tanto em sequência pelo Barcelona, foi figura apática na final.

E o craque argentino nem travou duelo com Cristiano Ronaldo, machucado.

Sem o português, coube a Gareth Bale liderar o Real.

Após Di Maria abrir o placar e Bartra empatar para os catalães, o galês pegou a bola no meio-campo, foi empurrado para além da linha lateral, recuperou-se e, com uma arrancada espetacular, tocou por baixo das pernas de Pinto para fazer o gol do título.

Neymar ainda teve a chance do empate em seus pés aos 44 min do segundo tempo. Mas só acertou a trave.