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Fábio Seixas

O dilema da Mercedes

Administrar o ímpeto de seus pilotos talvez seja o único problema da escuderia alemã

Foram 224 voltas no Mundial de F-1. Hamilton liderou 164, Rosberg esteve à frente nas outras 60.

Foram quatro GPs. Três vitórias de Hamilton, uma de Rosberg. Três poles de Hamilton, uma de Rosberg. Três melhores voltas de Rosberg, uma de Hamilton.

Hamilton, Rosberg. Rosberg, Hamilton. Assim foi a primeira fase da temporada. Um domínio que começa a ganhar contornos históricos.

Desde 92, com a Williams de Mansell e Patrese, uma equipe não liderava todas as voltas dos primeiros quatro GPs. Antes, a McLaren de Senna e Prost, em 88, havia feito o mesmo. Comparações de respeito.

Às comparações, pois.

Em 92, Mansell reinava absoluto na equipe. Patrese não tinha chance e estava bem assim. Sempre foi segundo piloto. Resultado: o inglês conquistou aquele título com cinco corridas de antecedência.

As semelhanças são maiores com 88 --aliás, aquela McLaren liderou todas as voltas até a oitava etapa. Como Senna e Prost, a atual dupla da Mercedes sonha alto.

Hamilton não vai aliviar para Rosberg. Rosberg não vai abrir para Hamilton. E aí, o que vai acontecer?

"Podem haver situações em que nossos pilotos perderão muito tempo duelando. Isso pode ser benéfico para nossos inimigos", disse Wolff, o chefe da equipe alemã. "Nossa regra número 1 é que nossos inimigos estão na concorrência, não dentro de casa."

A leitura é clara.

Se a Mercedes mantiver o domínio, se continuar vencendo as provas com 23 segundos para o terceiro colocado, como na China, a disputa interna continuará liberada. Poderemos sonhar com novos duelos como o do Bahrein.

Mas, se a concorrência se aproximar, se Red Bull e Ferrari evoluírem a partir da perna europeia, que começa na próxima etapa, as coisas podem mudar. Os rádios podem ser mais incisivos. Os sorrisos no pódio podem ficar mais amarelos. O caldo pode entornar.

Até lá, para o bem de Wolff, é melhor que a situação na tabela esteja mais resolvida. Hoje não haveria condição de dar ordem para ninguém: apesar de ter 3 a 1 no placar de vitórias, Hamilton está atrás de Rosberg no campeonato.

Como mandar um ou outro abrir?

Talvez este seja o único problema da Mercedes em 2014.

DECEPÇÃO

Meses atrás, a disputa que mais esperávamos era entra Alonso e Raikkonen. Uma "mistura explosiva", escreveu este colunista.

Que nada... O Raikkonen de 2014 está mais para aquele piloto murcho de 2009 do que para o campeão de 2007 ou a sensação de 2012.

Em grids, está 3 a 1 para Alonso. Em corridas, 4 a 0. Com 11 pontos, o finlandês é o 12º no campeonato.

É dele, até agora, o maior fiasco da temporada.

fseixasf1@gmail.com


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