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Motor

FÁBIO SEIXAS - fabioseixas.folha@uol.com.br

A conta do descaso chegou em 2011

Péssimo para o automobilismo brasileiro, o ano de 2011 teve em abril seu ponto mais baixo.

Logo no dia 3, Gustavo Sondermann morreu na Curva do Café, em Interlagos, na etapa de abertura da Copa Montana.

Dois domingos depois, foi a vez de Paulo Kunze, da Stock Light paulista, sofrer grave acidente na saída do Curva do Sol. Morreu no dia 20.

Se esta última entrou para o éter das "fatalidades", a primeira suscitou críticas, discussões, promessas...

Reincidente, a curva foi apontada como a grande culpada -foi lá, afinal, que Rafael Sperafico morreu, em 2007, pela Stock Light.

Nove dias depois do acidente, aquele trecho do circuito estava condenado: a CBA anunciou uma área de escape inclinada, de 15 metros, o que derrubaria seis lances de arquibancadas.

Tudo seria feito rápido, bradou a cartolagem, e estaria concluído antes do GP Brasil, no final de novembro.

Bravata.

O ano chega ao fim sem que nada tenha sido feito.

Tudo o que existe é um esboço, mostrado à FIA.

A Prefeitura de São Paulo não recebeu comunicação oficial de nada.

Não há projeto executivo e, portanto, não há orçamento. E sem a reserva da verba para uma obra, tudo continuará como está no próximo ano.

Soltar bravatas para acalmar a "opinião pública" é prática das mais batidas.

E é só a derrapada mais aparente entre as muitas que fizeram deste um ano tão ruim.

Dos três brasileiros na F-1, só um tem emprego hoje. Na base, apenas Felipe Nasr suscita esperanças. Aquela legião de pilotos do país correndo na Europa não existe mais, apesar do bom momento econômico. O kart, escola de tudo, está à míngua.

Não é culpa exclusiva desta gestão da CBA, mas de gerações de descaso. A conta chegou, de vez, neste ano.

E não dá para enxergar a luz no fim do túnel.

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Brasil

PAPAI NOEL

Ainda a CBA: a entidade quer impugnar o edital das obras do Parque Olímpico, em Jacarepaguá. Alega descumprimento da contrapartida da Prefeitura do Rio, a construção do autódromo de Deodoro. Bola cantada. É claro que nunca aconteceria. O próximo passo é descobrir que a cartolagem vai ficar na janela, amanhã, esperando um velhinho de vermelho.

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Mundo

PLANEJAMENTO

Ferrari, McLaren e Red Bull já anunciaram que levarão os carros novos para a abertura dos testes pré-temporada, em 7 de fevereiro, em Jerez. As duas primeiras, tudo indica, acordaram. Já a Mercedes preferiu só levar o modelo 2012 para a segunda bateria de testes, a partir do dia 21, em Barcelona. Informação importante para analisar o início de ano de cada uma.

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