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Ex-presidente da FPF, Farah morre aos 80

MEMÓRIA
Ex-dirigente estava internado desde novembro e teve falência de múltiplos órgãos, segundo hospital

DE SÃO PAULO DO UOL

Eduardo José Farah, ex-presidente da FPF (Federação Paulista de Futebol) e do Guarani, de Campinas, morreu às 5h30 (Brasília) deste sábado (17), aos 80 anos, no Hospital do Coração, em São Paulo, por falência múltipla de órgãos.

O ex-dirigente, que tinha problema renal, estava internado na UTI do HCor desde novembro do ano passado. Farah foi enterrado também no sábado, no Cemitério do Morumbi, na zona sul de São Paulo.

Farah presidiu a FPF entre 1988 e 2003. Sua gestão foi marcada por uma série de inovações polêmicas, como a adoção de dois árbitros por partida e disputa de pênaltis em jogos empatados no tempo normal durante a fase de grupos.

Em sua gestão, a federação também iniciou o uso do spray para formação da barreira, procedimento adotado mais tarde por outras entidades em todo o mundo, inclusive a Fifa.

Sua gestão implantou ainda a parada técnica para hidratação nos dias de jogos com muito calor e tentou, sem sucesso, a adoção da cobrança de laterais com os pés.

RIO-SÃO PAULO

Farah também presidiu a Liga Rio-São Paulo e foi responsável pela reinvenção do Torneio Rio-São Paulo, em 2002, com 16 clubes (nove de São Paulo e sete do Rio de Janeiro). O torneio não vingou e não foi disputado em 2003.

O cartola deixou a FPF em 6 de agosto de 2003, poucos meses após uma briga judicial entre a entidade e a Rede Globo. O dirigente negociou os direitos de transmissão do Paulista-2003 com o SBT, alegando que a Globo não havia exercido o direito de preferência na renovação do contrato.

"Tirei a Globo do campo, ela me tirou da federação", disse o ex-dirigente. Na ocasião, a Globo se defendeu dizendo que não foi "tirada de campo", já que manteve na Justiça o direito de preferência na transmissão do Paulista-2004.

Farah se afastou do futebol pouco tempo depois de deixar o comando da federação.

POLÊMICAS

Eduardo José Farah foi um dos responsáveis pelo crescimento da influência do futebol paulista no cenário nacional e colecionou inimigos.

Entre eles estavam as torcidas organizadas de futebol, cuja extinção ele pediu em 1997 ao Ministério Público Estadual.

Farah também esteve envolvido em vários escândalos de sonegação de impostos e outras irregularidades financeiras --foi, inclusive, alvo de investigação da CPI do Futebol.

O advogado de Farah na época foi o atual presidente da FPF, e hoje presidente eleito da CBF, Marco Polo del Nero, que o sucedeu na presidência da entidade após a renúncia.


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