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Juca Kfouri

Cadê o Dedo de Deus?

Dos quatro maiores candidatos ao título nesta Copa, três esperam uma ajudinha dos céus

NO QUINTO dia em Teresópolis, ainda não vi a cara do sol. Nem muito menos o famoso Dedo de Deus. Minto.

Exatamente às 11h45 da segunda-feira passada (26), por cerca de cinco minutos, pude vislumbrar a paisagem impressionante da Serra dos Órgãos e lá estava ele, imponente, apontando para o céu, de seus 1.692 metros de altitude.

Sei exatamente quando se deu o fenômeno, sim, fenômeno, por ser tão rara a visão, porque no momento falava na rádio CBN e até registrei, comovido, a beleza do cenário.

Por mais que torça para que se repita, se repita e se repita, parece improvável que o Dedo de Deus dê o ar de sua graça muitas vezes, pelo menos quando se confia na previsão do tempo que cada um tem hoje em seu telefone ou computador. Nuvens e chuvas predominam, embora haja um luminoso ponto amarelo com cara de sol previsto para o sábado.

Que apareça para aquecer o ambiente e iluminar os caminhos da seleção brasileira, que não pode se queixar do essencial, porque com a tropa completa na Granja Comary.

Ruim e à espera de outra ajuda dos céus é a situação tanto da Alemanha quanto da Espanha.

Os atuais campeões mundiais na torcida pela recuperação do touro Diego Costa que até apelou para placenta equina, em Belgrado, na Sérvia, em busca de tratar uma lesão na coxa direita, sem sucesso.

Já os alemães, melhor seleção do planeta e favorito disparado caso a Copa não fosse no Brasil, aguarda que três craques essenciais se recuperem: o goleiro Neuer, com problema no ombro; o capitão Lahm, com lesão no pé, e Schweinsteiger, com o joelho baleado.

Espanhóis e alemães andam precisando mais da providência divina que brasileiros e argentinos, os outros candidatos, embora certamente os hermanos achem que Ele está do lado deles, não só pelo papa Francisco, mas, principalmente, porque Lionel Messi está bem, ou melhor, estará bem, depois de se guardar para brilhar no campeonato que lhe falta, a Copa do Mundo, e deixar Diego Maradona para trás.

Por mais que todos neguem, aliás, fica cada dia mais evidente que alguns jogadores, brasileiros inclusive ou principalmente, tiraram o pé no fim da temporada europeia para estar 100% na Copa.

Felipão disse tempos atrás que não aceitaria corpo mole de ninguém porque são os clubes que pagam os salários dos jogadores. Mas Parreira tratou de agradecer anteontem a menor carga de jogos de boa parte de seus comandados. E José Mourinho não escondeu sua irritação, por exemplo, com o comportamento de Oscar, no Chelsea.

Enquanto eu espero ver mais o Dedo de Deus, que os deuses dos estádios concentrem todos os seus esforços na proteção aos nossos 23 escalados em busca do hexacampeonato. Quanto aos demais, problema deles.


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