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Novo percurso deve ser mais rápido, diz favorita ao título

São silvestre

Queniana alerta para o risco de contusão nas descidas

Moacyr Lopes Junior - 17.jun.11/Folhapress
Nancy Kipron, favorita na SS, posa no Ibirapuera
Nancy Kipron, favorita na SS, posa no Ibirapuera

RODOLFO LUCENA
COLUNISTA DA FOLHA

Candidata ao título da São Silvestre, a queniana Nancy Kipron, 32, diz que é preciso ter cuidado com o novo percurso. Neste ano, a principal corrida de rua do país teve o trajeto modificado para, segundo os organizadores, evitar a confluência com a multidão que irá à avenida Paulista para a festa de Réveillon.

Com as alterações, a corrida de 15 km tem agora duas fortes descidas, uma logo depois do primeiro quilômetro e outra mais no final, após o km 12,5, quando os corredores vão atravessar a avenida Paulista e descer a Brigadeiro Luís Antônio em direção ao Ibirapuera: a chegada será em frente ao Obelisco.

"O corredor deve descer com cuidado, porque pode ter problemas nos joelhos e tornozelos. É preciso correr um pouco relaxadamente, não usar muita força na descida", alerta a atleta queniana, que tem três filhos e é professora primária.

O novo percurso, ainda que mais arriscado, pode ser mais rápido, diz Kipron, que acaba de se sagrar tricampeã da Volta da Pampulha, tradicional prova de Belo Horizonte.

"Com as descidas, espero ter um desempenho ainda melhor", disse ela em entrevista em Nova Santa Bárbara, no Paraná, onde vem treinando desde o início do mês passado, com outros quenianos trazidos para o Brasil pelo empresário e treinador Moacir Marconi, o Coquinho.

"Ela é uma das minhas apostas. Ela é veterana e ficou um tempo parada, mas hoje voltou à forma", diz.

Kipron sofreu lesão no quadril após o nascimento de seu último filho, há dois anos, e teve de enfrentar uma longa recuperação.

Neste ano, porém, vem treinando no Quênia de forma bem produtiva, como mostram seus resultados em provas no Brasil. No primeiro semestre, tirou o terceiro lugar na maratona de São Paulo. Em novembro, venceu uma prova no Rio dois dias depois de ter chegado ao país, e festejou a vitória na Pampulha.

"Fiquei satisfeita com o primeiro lugar. Vim para ganhar a prova e queria bater o recorde, mas faltou alguém para me forçar a aumentar o ritmo. Já no quilômetro oito estava sozinha. Então, a partir do quilômetro dez, diminuí a velocidade e apenas administrei", disse ela depois da conquista, no início deste mês.

Coquinho afirmou ter informado aos africanos que agencia -atualmente, tem um grupo de cinco quenianos e dois tanzanianos- sobre as mudanças do percurso da São Silvestre para que os treinos fossem redirecionados levando em consideração as novas dificuldades do trajeto, que já não era fácil.

"A São Silvestre é muito difícil para nós porque é à tarde, e a gente costuma fazer treinos pela manhã. O calor e a umidade tornam a prova muito dura. É uma boa corrida, mas muito desafiadora", afirma a atleta queniana.

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